Título da redação:

Intolerância no Brasil

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 27/08/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, formulada após vir a público os horrores da Segunda Guerra Mundial, afirma que nenhum indivíduo tem menos ou mais direitos que os demais, independente de gênero, etnia e religião. Ainda que o Brasil seja uma das nações assinantes da Declaração, a frequência de casos de intolerância - principalmente racial, social e sexual - aponta uma gravíssima falha na sociedade tupiniquim. Um ponto relevante nessa temática, é a tese do cientista Albert Einstein, que afirma: "É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Portanto, para compreender tamanha dificuldade, analisa-se que o processo de discriminação é baseado em generalizações superficiais e estereótipos de determinados grupos - impostos pela classe social dominante - e é difundido e perpetuado, unicamente, por meio da socialização. Sendo assim, pode-se afirmar que o indivíduo não nasce preconceituoso, mas é ensinado a ser. Em segunda análise, pode-se citar um relevante estudo de observação de comportamento em redes sociais, realizado pela plataforma Comunica Que Muda, no qual é identificado que o principal tipo de preconceito dos brasileiros na internet é o racial. Esse, infelizmente, faz parte da História do país desde a sua colonização pelos europeus, os quais estabeleceram oficialmente a discriminação étnica no Brasil por meio de práticas eurocêntricas e imperialistas de dominação de outros povos - como os ameríndios e os africanos. Além, ainda, da criação de estereótipos absurdos que perduram até hoje, como, por exemplo, que os indígenas são preguiçosos - baseado, na realidade, em sua inspiradora resistência à exploração europeia. Posto isso, pode-se ratificar que a intolerância no Brasil é um problema com sólidas bases históricas e representa um sério lapso social que deve ser extinguido. Pela observação dos fatos analisados e para que os ideais da Declaração Universal dos Direitos Humanos não sejam uma mera proposição teórica, mas uma medida concreta, as Instituições de Ensino e a mídia devem promover a quebra de estereótipos discriminatórios por meio da fomentação de debates sobre a formação e pluralidade do povo brasileiro, com a participação de indivíduos de diversas etnias e classes sociais, a fim de desestruturar o antigo e cruel modelo excludente vigente na sociedade brasiliense. Dessa forma, será possível provar a Einstein que pode-se desintegrar tanto átomos quanto preconceitos.