O Brasil é fruto de uma intensa diversidade étnica e cultural, nascida da miscigenação entre povos. No entanto, rotineiramente, ainda são vistos muitos casos de intolerância pelo país, devido à agressiva colonização e ao não desenvolvimento de uma educação adequada, por isso a busca pela alteridade ainda se mantém. Logo que os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, no final do século XV, houve,tanto uma exploração econômica quanto social que fez crescer um reduto cercado pela intolerância. E, com o propósito de dominação e um pensamento etnocêntrico, ou seja, a crença de que somente a sua cultura/etnia é a correta, justificaram suas terríveis ações e como resultado, índios e principalmente escravos negros trazidos da África, sofreram com inaceitáveis repressões de seus costumes, a exemplo da capoeira que foi duramente perseguida e até mesmo proibida. Além do processo de evangelização católica, que não só modificou totalmente os modos indígenas, mas também tiranizou outros dogmas contrários aos católicos, como as religiões de matriz africana. Sendo assim, vê-se que o preconceito foi repassado por gerações e que muitas vezes ainda insistem em impor seus princípios perante aos outros. Segundo o filósofo franceses Rousseau, somente a educação conseguirá fazer a transformação da sociedade, pois, quando uma pessoa se fecha, está individualizando-se e não se abrirá para coisas novas, e assim não se tem a melhora real da nossa sociedade.Dessa maneira, nota-se que não somente a família tem responsabilidade em não perpetuar a intolerância, como também, o Governo deve, desse modo, melhorar definitivamente a educação, já que ela é inegável para se ter uma transformação social. Que de acordo com o Antropólogo Darcy Ribeiro, o Estado não realiza essa modificação na área educacional, que não raro se encontram em péssima qualidade,porque assim, os políticos perderiam o controle sobre a população. E, desse modo, as pessoas continuaram alienadas e desconhecendo a importância das diferenças. Visto que, os alicerces para se ter uma sociedade mais equilibrada e com uma grande diminuição das taxas de intolerância, faz-se preciso uma educação séria tanto escolar quando familiar. O Governo Federal, portanto, juntamente com o Ministério da Educação, por meio de políticas públicas, deve replanejar os métodos educacionais, de modo que se tenha o aumento de aulas como filosofia e sociologia, pois elas desenvolvem o censo crítico e também mostram, como o caso da antropologia, as diferenças culturais, assim há uma compreensão maior sobre a diversidade. E também, por meio dessas políticas, devem ser realizadas reformas em escolas mal estruturadas, com o intuito de tornar o ambiente confortável a alunos e professores e promover um melhor ensinamento. E por fim, é necessário que os pais eduquem e conversem sobre a pluralidade do ser humano, desde cedo com as crianças, para que se obtenha o respeite a todos, e se tornem adultos tolerantes,e assim a diversidade brasileira não será mais vista como um problema.