O contraste entre tolerância e intolerância sempre esteve presente na sociedade. Durante meados do século XIX, o filósofo iluminista Voltaire, desenvolveu teorias acerca dos termos e chegou a conclusão de que a tolerância é a base de toda sociedade estável. Frente a isso, é possível afirmar que com o surgimento das redes sociais, em detrimento do aprimoramento tecnológico, a intolerância ganhou um novo palco, as próprias redes de comunicação, e tem sido fonte de instabilidade para a nação brasileira nos dias atuais. Nesse contexto, os conflitos podem ser explicados por meio da polarização, que consiste na divisão de polos extremos, ou seja, na crença de um ideal e condenação de outro sem qualquer flexibilidade. Diante disso, é incontrovertível que o país sofre ainda mais com a polarização devido a sua diversidade cultural, o que possibilita o surgimento de preconceitos de âmbito cultural, racial ou até mesmo ideológico. Partindo desse princípio, é possível afirmar que tudo isso é intensificado através das redes sociais, já que as pessoas tendem a expor seus pensamentos através de posts e atrair pessoas com pensamentos parecidos, ao passo que, tendem a repudiar e desrespeitar posts que abrangem ideais divergentes. Atrelado a isso, destaca-se a falsa sensação de anonimado advinda da internet, já que muitos escondem suas identidades por meio de fakes e até mesmo páginas odiosas, além da falta de punição. Portanto, é preciso combater a intolerância no Brasil para a construção de uma nação melhor. Para isso, é imprescindível a atuação do poder Executivo junto ao Legislativo e Judiciário na elaboração e cumprimento de leis que reprimam postagens intolerantes, além de atribuir penas mais rígidas para erradicar o senso comum da impunidade das questões cibernéticas e do anonimato. Somado a isso, é fundamental a participação do Ministério da Educação na aplicação de palestras escolares e aulas com o intuito de conscientizar os alunos acerca da pluralidade brasileira, contribuindo assim para a formação de cidadãos melhores.