BRASIL: Uma Pseudo Igualdade Racial A pluralidade cultural é uma das características mais marcantes do Brasil. Tal diversidade, foi construída durante o processo histórico decorrente: da chegada dos portugueses, que introduziram a mão de obra escrava – e com isso a cultura negra; posteriormente da chegada de outros povos, como os italianos, por exemplo, entre outros, atraídos pelos notáveis ciclos econômicos do pais, como, o açucareiro, cafeeiro, minerador. No entanto, mesmo com essa rica diversidade cultural, persistem no brasil a “pobreza” de pensamento no que tange ao tratamento à população afrodescendente. Em virtude de um passado escravista e da ausência de uma política de inserção social após abolição da escravidão, ainda é frequente, lamentavelmente, as manifestações de discriminação contra pessoas negras por grande parte da elite social. Tal fato se reflete no racismo velado, caracterizado, também, pela menor participação dos negros nas mais altas posições sociais, de empresas públicas e privadas, assim como nas estatísticas de tragédias que acometem todos os anos centenas de jovens negros, muitos dos quais em situações de vulnerabilidade social. Nos últimos anos, as redes sociais – que também atua positivamente - vêm sendo uma forte ferramenta na propagação da injuria racial, que nos últimos anos vem atingindo, em alguns casos, repercussão nacional, como o que ocorreu com uma jornalista da Rede globo de Televisão, Maria Julia Coutinho. “Maju”, como é conhecida, de significativo status quo, em face da sua imagem pública, também foi vítima da intolerância e desrespeito de internautas que a chamaram de “preta imunda” entre outros comentários inadmissíveis, na sua rede social do Facebook. As medidas punitivas, como a lei de criminalização do racismo, de número 7716/89, que completou vinte e oito anos em janeiro deste ano, têm pouquíssimos avanços, levando em consideração as discriminações recorrentes. Portanto, para acabar com essa pseudo igualdade racial e combater essa “cultura” – velada e explicita - do racismo, uma medida essencial para uma mudança abrangente de pensamento da sociedade como um todo, deve ser a inclusão, por parte do ministério da educação, de disciplinas escolares especificas voltadas para uma melhor compreensão da história da cultura afro-brasileira, associadas também a uma maior valorização da ética e do respeito ao cidadão.