No início do ano, ganhou grande repercussão na mídia o caso de uma vereadora de Farroupilha no Rio Grande do Sul, que, os nordestinos podiam até não saber falar bem, mas sabiam roubar maravilhosamente bem. Desse caso, se faz ainda mais visível como o Brasil, mesmo com tanta diversidade, é bastante preconceituoso e intolerante, não só no viés xenofóbico, mas a toda e qualquer tipo de diferença. Certamente, essa raiz intolerante nasce da falta de conhecimento que as pessoas possuem sobre essas diferenças e pelos costumes e preceitos sociais que aprenderam. Etimologicamente, a palavra preconceito pode ser definida pelo infixo “pre”, que indica adiantamento, e “conceito” que indica conhecimento, informação. Diante disso, pode-se afirmar que o grande motivo da maciça intolerância brasileira é não conhecer uma cultura ou maneira de viver diferente daquela que se está habituado. Em relação a isso, um anúncio da revista Zero Hora de 2008 diz: “se a informação não entra a opinião não sai”. Nesse contexto a opinião até sai, mas sem nenhum fundamento ou razão. Somado a isso, o Brasil é um país muito plural em todos os seus aspectos, o que faz necessário que a população seja muito tolerante. No entanto, instituições sociais como a família, têm perpassado crenças sociais que se resumem a preconceito e não aceitação. Em relação a isso, é necessário levar conhecimento ás pessoas e realizar conversas e debates, dando ênfase que, uma cultura diferente não precisa ser tomada como certa, errada ou exemplo a ser seguido, pelo contrário, necessita ser respeitada e tolerada. Torna-se evidente, portanto, que o MEC deve assegurar a realização de rodas de conversa nas escolas, com a presença de psicólogos para auxiliar jovens e crianças a compreender melhor as diversas culturas presentes no país, ressaltando que estas devem ser respeitadas, independente dos seus ideais pessoais. Somado a isso, as secretarias de assistência social municipais devem realizar oficinas nos bairros, levando os pais para debater e alerta-los sobre a importância de preparar e educar as crianças e os jovens para saberem lidar com pessoas diferentes zelando pelo respeito para que futuramente eles se tenham uma sociedade brasileira que vejo seu país como ele realmente é: uma verdadeira aquarela.