No poema "Monte Castelo" o escritor Camões, inspirado em versículos bíblicos,descreveu a importância da caridade : "Ainda que eu falasse a língua dos anjos e dos homens e não tivesse amor,eu nada seria".Se para a poesia Camoniana o amor já era importante para a religião diferente não poderia ser.Hoje, apesar da pluralidade religiosa brasileira,casos de intolerância mostram que faltam respeito e tolerância. Desde a vinda dos africanos,no período colonial, que os adeptos de religiões africanas são vítimas de preconceito.Como no caso da menina Kailane Campos,de 11 anos que foi atingida por uma pedrada quando saía de culto de candomblé,vestida de branco, com a avó e outros fiéis.Não foi apenas o hematoma na testa que feriu profundamente a garota,mas a humilhação que passou:"Pensei que fosse morrer"declarou assustada. Os agressores levantavam a Bíblia e chingavam-"diabos","vão para o inferno"-diziam contra os candomblecistas.Diante disso, é importante a criação de campanhas na internet que incentivem o respeito a pluralidade brasileira : credo, vestuário, etnia. A exemplo da campanha criada na internet pela própria avó da menina, que é mãe de santo, que tinha o lema"Eu visto branco, branco da paz.Sou do candomblé e você ?" Outro aspecto que agrava o problema é o desconhecimento das diversidades religiosas presentes no Brasil. Vestir roupa de baiana, burca,correntes ou ter outra religião, são motivos que levam brasileiros ignorantes a discriminar. Baseados que todos têm viver a homogeneidade eurocentrica e ultrapassada, sendo verossimel a diversidade étnica, cultural e religiosa, que fazem Brasil ter um caráter singular e autêntico. É o que mostra Tarsila do Amaral, em sua obra "Os operários". Portanto, para que a diversidade religiosa não seja alvo de discriminação é fundamental que o ministério da educação, insira aulas de ensino religioso na grade curricular nas escolas desde o ensino infantil. Essas devem mostrar às crianças as religiões do Brasil e tornado conhecidos seus ensinamentos. Além de projetos educacionais, livros didáticos e literários, cartazes nas escolas e campanhas nas redes sociais, que incentivam o povo brasileiro a respeitar, tolerar e amar. Afinal, já dizia Nelson Mandela:"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda sua religião. Para odiar,as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar".