A diversidade encontrada no Brasil abrange boa parte das crenças, raças e sociedades existentes no mundo, contudo, a intolerância e desrespeito presentes nas populações mostra outra realidade brasileira. O contínuo pensamento estereotipado e o desconhecimento da lei que protege o cidadão de qualquer forma de discriminação ou preconceito são fatores que tornam o discurso sobre pluralidade, no país, delicado. Primeiramente, temos uma sociedade moldada a estereótipos, no qual o “certo” será definido de acordo com as necessidades dos mais poderosos, marginalizando e julgando previamente qualquer forma de expressão racial, religiosa e social. A notoriedade desses padrões é maior visualizada nas redes sociais, onde cerca de 90% dos ataques relacionados à desvalorização do outro como ser ocorre. Outro fator existente é a ignorância da população mediante seus direitos – aos que sofrem com a intolerância – e dos deveres – aos que desrespeitam a essência individual do outro – presentes em uma lei. A lei 7716/89 regula que qualquer prática, indução ou incitação de discriminação ou preconceito leva à pena de até 3 anos de reclusão e multa. Entretanto, essa norma é desconhecida, além de conter erros que prejudicam o processo de denunciar/incitar o crime. Como vimos, a pluralidade no Brasil ainda sofre com a insciência dos direitos e o molde superficial existente nos brasileiros. A sociedade deve, com mais educação, entender seus direitos e deveres, procurando-os e se informando periodicamente para poder lutar conscientemente a favor deles. O governo deve trazer palestras aos centros educacionais, visando informar a população, além de ter que melhorar os protocolos de denúncias, juntando profissionais capacitados. Com essas medidas, haverá redução nos números de casos de intolerância no nosso país, porque como disse Che Guevara: “O conhecimento nos faz responsáveis.”.