De acordo com estudo realizado pelo Comunica Que Muda, plataforma digital da Nova/sb, os percentuais de menções negativas nas redes sociais ultrapassam as positivas. Ainda mais quando o tema é a política ou o racismo, as menções negativas deste tema aparecem praticamente empatadas em 97% considerando as menções analisadas. Ao mesmo tempo que os números são esmagadores será que somos mais intolerantes nas redes sociais? Em primeiro lugar, as redes sociais possibilitaram a conglomeração de grandes grupos semelhantes. Esta interação permitiu que pequenos grupos ideológicos potencializassem sua voz com a internet em larga escala, inclusive expondo suas diferenças. Além disso, as pessoas parecem estar mais dispostas para escrever sobre um determinado assunto quando estão na internet, atrás da tela do computador. Tudo isso leva a uma falsa ideia de que estão isentas de responsabilidade e de respeito ao próximo. Por outro lado, vemos que a internet não possui limites. Com isso, as pessoas publicam diariamente menções negativas de conteúdo discriminatório ou de incitação ao ódio sem punição. Além disso, o crescimento da intolerância nas redes sociais acaba se tornando uma verdadeira bola de neve, que continua descendo pela encosta, ganhando proporções cada vez maiores. Em terceiro lugar precisamos redescobrir o respeito pelo próximo independente do meio pelo qual estamos interagindo. Desta maneira procurar entender que respeitar as diferenças não significa assumir os valores do próximo, mas enxergar o que de melhor cada um pode contribuir em sociedade. Somos mais intolerantes nas redes sociais, portanto, pela falta de fiscalização e punição aos ofensores. Com isso é importante que o governo crie leis especificas para estes casos, além de, implantar um tribunal digital, onde o próprio usuário pudesse publicar sua denúncia. Desta forma, poderemos regular e administrar melhor a intolerância, não só nas redes sociais, mas na internet como um todo.