O EAD, educação à distância, é uma realidade para mais de 20% do estudantes universitários no Brasil, segundo pesquisa recente publicada no Portal G1. Entretanto, apesar de uma boa perspectiva da tecnologia para o futuro, essa modalidade de ensino ainda enfrenta diversos problemas para se tornar efetivamente consolidada, de maneira que alcance toda a população. Desse modo, é visível a necessidade de uma análise mais profunda do assunto, não só quanto ao seu futuro, mas também em relação aos desafios que o envolvem. É importante considerar, a princípio, as ótimas perspectivas que a educação à distância tem no país. Não é difícil perceber os benefícios que o EAD pode trazer para o aluno: flexibilização da carga horária, acesso ao curso na palma da mão, possibilidade de rever as aulas, são bons exemplos do que de melhor esse tipo de ensino pode proporcionar. Ademais, é inegável que a sociedade não ganhe com isso de forma similar, como uma vez ponderou Immanuel Kant, famoso filósofo prussiano, a educação é um fator importantíssimo para a formação social de cada indivíduo, e é razoável aceitar que a parcela populacional socialmente bem formada, nos moldes do filósofo, é proporcional ao índice de desenvolvimento humano do país, como evidenciado em países com uma ótima educação, como na Finlândia. Outrossim, é indubitável que não existam desafios para serem ultrapassados antes da plena usabilidade do EAD. O Brasil, apesar de constar como a nona maior economia mundial, em dados do Fundo Monetário Internacional, é muito atrasado quando o assunto é conectividade com a internet, especialmente a banda larga, fator muito importante para que o estudante consiga usufruir da educação à distância. Aliás, de acordo com a Ookla, entidade internacional que fornece dados sobre a internet de cada país, afirmou que o país tem uma internet 40% menos veloz que a média internacional. Nesse contexto, é notório que entraves como esse podem afetar nocivamente no desenvolvimento dessa tão importante forma de estudo, e fica clara a urgência com que o governo deve intervir para a resolução deles. Torna-se evidente, portanto, que existem ótimas expectativas para o futuro do EAD no país, mas que é preciso vencer algumas barreiras. Para que isso ocorra, faz-se necessário que o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações implemente o programa Internet Para Todos que já foi previsto nas gestões anteriores, a partir do enfoque nas áreas mais remotas e menos desenvolvidas, e com o uso do novíssimo satélite geoestacionário brasileiro, que apesar de ter custado milhões de dinheiro público, poderá retornar todo o investimento em desenvolvimento. Assim, será eventualmente possível que a educação à distância cresça em passos mais largos e alcance grande parte da sociedade, principalmente a carente. Com isso, espera-se que o país entre na trilha do pleno desenvolvimento, gerando melhores perspectivas para o futuro em concordância com as ideias do importantíssimo Kant.