A partir da segunda metade do século XX, a Revolução Técnico-Científico-Informacional, com a produção de novas tecnologias, modificou a estrutura de diversos setores da sociedade contemporânea. Nesse sentido, quando se oberva o sistema educacional brasileiro, hodiernamente, nota-se que tais transformações advindas desse desenvolvimento tecnológico tornaram-se mais evidentes no país, uma vez que o número de estudantes da modalidade a distância está em constante crescimento, fato esse que provoca questionamentos sobre os benefícios e as possíveis deficiências dessa nova metodologia de ensino. Em primeira análise, cabe pontuar que a educação a distância colabora com a democratização do ensino no país, visto que oferece diversos benefícios aos estudantes, como maior flexibilidade de horários, mensalidades com preços acessíveis e a possibilidade de estudar sem a necessidade de deslocamento à instituição. Com isso, é possível notar que, em razão de tais vantagens, há um aumento significativo de brasileiros que optam por essa nova metodologia, posto que, segundo dados do Ministério da Educação (MEC), cerca de 20% dos alunos do ensino superior são da modalidade EAD. Dessa forma, depreende-se que a ascensão de novas tecnologias possui o poder de popularizar a educação. Ademais, convém frisar que, apesar de seus benefícios, a educação a distância ainda é alvo de preconceito por parte da população, haja vista que, por ser uma metodologia diferente da predominante, gera questionamentos acerca de sua eficácia. Todavia, tal prejulgamento mostra-se prescindível, já que as avaliações de desempenho dos alunos são feitas de maneira semelhante ao ensino presencial e, caso o curso seja reconhecido pelo MEC, seu diploma possui validade em todo território nacional. Desse modo, seguindo o pensamento kantiano de que a educação aperfeiçoa a humanidade, percebe-se que há a indispensabilidade de se criar meios efetivos que superem paradigmas que são obstáculos à democratização do ensino superior nacional. Destarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para mitigar os desafios para a consolidação do EAD, no Brasil. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação crie projetos que visem ampliar a educação a distância e suprimir paradigmas que atrasam a difusão de seus benefícios ao país, com o objetivo de mostrar os privilégios dessa modalidade e aumentar a variedade de cursos oferecidos à população, por intermédio de palestras ministradas em escolas da rede pública que apresentem suas vantagens aos estudantes e, também, por meio da disponibilização de incentivos financeiros direcionados às instituições públicas de ensino superior, para que, assim, possam oferecer tais cursos gratuitamente, com o propósito de que o tecido social, enfim, possa aproveitar os benefícios advindos das transformações impostas pela revolução informacional.