Título da redação:

Beleza fabricada

Tema de redação: Padrão de beleza e sociedade.

Redação enviada em 29/04/2016

Academia. Cirurgias. Dietas. Incontáveis são as ferramentas utilizadas na busca pelo "corpo perfeito". O padrão de beleza estipulado pela mídia é - cada vez mais - o objetivo de vida para muitas pessoas, que resumem sua existência à procura por um modelo "inalcançável" , tornando-se escravas da aparência, que negam sua própria anatomia para caberem no molde de aceitação da sociedade, não importando os riscos que tal prática pode lhes oferecer. A sociedade atual, através de seus meios de comunicação, impõe um arquétipo cada vez mais rigoroso. Corpos magos e esqueléticos, exibidos por modelos em capas de revista - muitas vezes fabricados em computadores - tornam-se o ideal a ser alcançado por mulheres "comuns". Pelo fato de não aceitarem aceitarem seu próprio biotipo, elas passam a viver em função da aparência, apropriando-se de dietas malucas e exercícios exagerados, para que assim possam ganhar a aceitação dos que estão ao seu redor. Nessa busca incansável pela perfeição física, as consequência são quase inevitáveis. No Brasil, onde o número de cirurgias plásticas é cada vez maior, cresce também a quantidade de pacientes que perdem a vida em intervenções cirúrgicas inapropriadas e desnecessárias, na tentativa de exibir uma beleza artificialmente fabricada. Os transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, também fazem parte do "cardápio da moda" aplaudido pela indústria da beleza, roubando a saúde - e a vida - de pessoas que tentar, a qualquer custo, obter um corpo inatingível, que, mesmo assim, nunca é o suficiente. É inegável que, na sociedade atual, a aparência física é fator determinante de aceitação. Para que essa mentalidade mude, é necessário que, primeiramente, as pessoas sigam o que foi dito por Augusto Cury, e aprendam a amar a beleza que têm. E a mídia, com toda sua influência, também precisa valorizar a imagem de cada um, com campanhas publicitárias, desfiles e novelas, que enalteçam a diversidade entre os corpos. Asim, talvez, o belo será tornar-se diferente, e não igual a todos.