A beleza deriva de cada ponto de vista, não há somente uma interpretação, portanto, ela é única e por isso existem vários conceitos advindos com a alteração do tempo histórico. Na pré-história, o corpo era visto como sobrevivência, assim como na Grécia antiga, em que a musculatura masculina servia de força em jogos públicos, ou seja, muito além de somente traços físicos padronizados, tal qual na década de 60, obtendo da mesma, seios fartos, cintura fina e quadris avantajados como configuração da silhueta da mulher violão, não muito diferente do que conhece-se hoje com a idealização. Hodiernamente, a preocupação maior é com corpos sarados, dietas, cirurgias plásticas, enquanto que a saúde mental ausentou-se como foco.Sendo assim, para uma melhor compreensão, o sociólogo Zygmunt Bauman propõe o conceito de ''modernidade líquida'', através do qual é visto a mentalidade vulnerável e incapaz de manter a própria identidade do ser humano. Padrões instituídos pela mídia, em redes sociais, como as blogueiras fitness do Instagram, Facebook e Youtube geram, por conseguinte, influências sobre a autoestima, ocasionando transtornos alimentares e distúrbios psicológicos, como a bulimia e a depressão, que segundo a OMS(Organização Mundial da Saúde) são uma das cinco causas de morte entre adolescentes. Essa abstração preconcebida pelas sociedades, pelo qual peso possui valor máximo, revela o desafio de conseguir enxergar a beleza em si mesmo. Para isso, campanhas criadas, como da marca Dove, de manifesto ao padrão de beleza feminino, abrangem incentivo à inspiração de amor próprio, e com a criação de tais, um maior número de jovens serão atingidos, do mesmo modo que inserir bonecas das mais variadas belezas, para alterar a concretização da ideia que ela é única, como tantos cidadãos desde sua fase infantil crescem tomando como verdadeiro. E também, estímulo por parte de televisores e redes sociais de que acima de tudo, ser bonito é possuir saúde, para que a padronização seja ausentada aos poucos pela população, e a beleza obtenha limites.