A humanidade encontra-se rodeada por imposições sociais, sendo assim dominada pelas diretrizes do sistema capitalista. Essa afirmação caracteriza um dos conceitos marxistas mais evidentes na atualidade: a alienação. Dentro desse cenário inovador, situa-se um ilusório padrão de beleza que evolui junto aos interesses da sociedade. No entanto, o que parece deslumbrante, carrega um perigo oculto e silencioso. A Vênus de Willendorf, uma escultura avantajada da pré-história, revela os ideais exaltados naquela época. Entretanto, através da evolução incessante, o homem passou a “vender” a perfeição em propagandas encantadoras reproduzidas na mídia televisiva incansavelmente. Assim, indivíduos de ambos os sexos atraem-se tanto pelo magro quanto pelo volumoso, e optam por igualarem-se a esses ícones tão desejados. Por essa razão, diante de uma pressão exercida por parte significativa da nação, essa parcela da população torna-se refém dessas supostas regras. Ao invés de aceitarem e respeitarem os limites do próprio corpo, esses cidadãos adotam dietas e cirurgias para chagarem ao inalcançável. Como resultado, deparam-se com o desânimo, o isolamento e uma possível depressão. Dado o exposto, a base familiar e pedagógica deve orientar as gerações quanto aos cuidados e o apreço cabíveis ao tema abordado. Similarmente, os meios de comunicação precisam exercer uma influência positiva na construção do senso crítico dos telespectadores, rompendo com a concepção de exclusividade daquilo que é considerado belo, pois parafraseando Descartes, até mesmo por trás do caos, existe a perfeição.