Cabelos lisos, cintura fina, corpo definido ao máximo possível. Tudo isto faz parte do padrão imposto pela sociedade do mundo contemporâneo em relação ao corpo perfeito. Porém, o problema começa quando este, se contrariado, vira motivo de ofensas e desrespeito. Eis o desafio: remover este padrão e permitir que o próximo sinta-se bem com seu corpo, sem temer o julgamento de qualquer indivíduo. São recorrentes, principalmente nas redes sociais, os casos de ofensas em fotos alheias por alguma ''regra'' de corpo que não está sendo seguida. Grande exemplo disto é o recente caso de Julia Gabriele, uma menina de 11 anos, que foi insultada inúmeras vezes por ter pelos faciais, principalmente da sombrancelha. Parece algo simples, porém, para uma criança cuja a idade acabara de formar dois dígitos, pode ser motivo para grandes frustrações que talvez sejam levadas por toda a vida, se não forem superadas. Observada pela sociedade a grande frequência destes insultos por estética, é normal que a obsessão pelo corpo perfeito ganhe intensidade, temendo ser vítima dos mesmos. Provas disso são os homens de hoje que, almejando resultados rápidos em seu corpo, fazem uso de hormônios - muitas vezes em conjunto da má alimentação - o que contribui no aparecimento do câncer de próstata. Além disso, também são constantes os casos de modelos anoréxicas devido a busca do "corpo dos sonhos", que, na visão delas, é requisito de uma boa carreira. Desta forma, portanto, é evidente que o papel da mídia, como formadora de opiniões, é crucial para a melhora deste quadro ao impor o uso de fotografias de ''mulheres comuns'', fortalecendo a ininsistência do corpo perfeito. Além disto, a ajuda das ONGs se torna importante na criação de eventos gratuitos sobre os perigos do uso de anabolizantes. Com estas e outras medidas, será possível, finalmente, olhar para o próximo como igual e ter uma conversação tranquila, sem temer qualquer julgamento com motivos irrelevantes.