Título da redação:

Apartheid da beleza

Tema de redação: Padrão de beleza e sociedade.

Redação enviada em 18/05/2015

Hoje no Brasil, segundo dados do IBGE( Instituto brasileiro de geografia e estatística), mais da metade da população é constituída por mulheres. Mulheres estas que possuem em seus históricos lutas por direitos e igualdade social. Entretanto, suas liberdades estão sendo atacadas por uma mídia que estabeleceu um padrão de beleza consumista e inatingível por muitas delas. De tal forma isso ocorre, que um processo de "apartheid" da beleza está começando a se difundir. A beleza física feminina nunca foi tão idolatrada na história como hoje se faz pelos meios de comunicação. A mulher passou a ser avaliada, antes de tudo, por sua beleza exterior. A primeira presidente mulher do Brasil é criticada, por muitos jornais e revistas, pelo seu porte físico ou por usar uma camisa que não se enquadra ao estabelecido como bonito. Fato este, que nunca ocorreu com nenhum outro presidente que a antecedeu. Além disso, esse modo de pensamento e avaliação está se tornando presente dentro de colégios. Os meninas que podem comprar o que é colocado como "a unica forma de beleza" acabam se separando das outras colegas que não possuem esse poder. Ou seja, quem não se enquadra nos padrões estéticos implantados são separados ou, até mesmo, criticados. Para suprir essa necessidade de serem aceitas pelas outras pessoas, muitas recorrem às cirurgias, dietas extremas ou a um consumismo doentio. Desse modo, suas vidas são colocadas em risco ou são obrigadas a gastarem um dinheiro que, muitas das vezes, não possuíam, entrando em dívidas profundas. Sendo assim, constata-se que as mulheres estão sendo julgadas pelo modo de se vestirem ou pelo seus portes físicos. Pior de tudo, isso está se iniciando nas escolas. Logo, as instituições de ensino devem programar debates entre os alunos a respeito do conceito de beleza e como isso está sendo usado pelas propagandas e mídias em geral. Somado a isso, todas as escolas devem colocar o uso de uniformes como obrigatórios, para que os alunos aprendam a avaliar as pessoas por suas faculdades mentais e não pelo que vestem. Dessa forma, a beleza será algo subjetivo e não argumentos para julgar outra pessoa.