A corrente ideológica positivista trouxe consigo o determinismo social, o qual afirma que o ser é um produto do meio em que vive. O padrão de beleza encaixa-se perfeitamente em tal conceito, pois sua variação acompanha as transformações sociais. Antigamente, formas maiores eram sinônimas de beleza, o que, atualmente, significa o oposto. Entretanto, a atual obsessão pelas formas perfeitas vem gerando problemas de saúde física e psicológica. No contexto atual, o modelo de beleza consiste em um corpo magérrimo, com um percentual ínfimo de gordura. Esse padrão é o objetivo de muitos, que desejam alcança-lo a quaisquer custos. No entanto, muitas vezes esses custos são altos, pois demandam o valor de uma vida. Isso porque é cada vez mais comum pessoas ricas ou pobres, sem distinção de classe social, morrerem de fome por escolha própria. A bulimia e a anorexia são doenças graves, porém ainda pouco conhecidas. Ademais, a busca por formas inatingíveis acabam gerando um enorme sentimento de frustração. Essa e um dos pilares para o desenvolvimento da chamada doença do século: a depressão. Todavia, o constante estímulo da mídia, cada vez mais onipresente, faz com que tal objetivo utópico aparente ser possível através de meios vendidos pela indústria da beleza, como tratamentos estéticos e produtos os quais visam a redução de medidas. Sendo assim, esse cartel é o responsável por manter o ciclo da busca desenfreada pelo corpo ideal, em detrimento do emocional dos chamados consumidores. Em suma, é notório o desgaste e o sacrifício acarretado pela busca do padrão de beleza vigente. Contudo, para alterar tal panorama, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Saúde, deve promover palestras e debates, cujo eixo seja os perigos relacionados a essa busca. Dessa maneira, a exposição dos problemas, inerentes a essa prática com total inconsciência, terá o potencial de amenizá-los. Só assim a sociedade brasileira libertar-se-á dessa infeliz realidade.