Para Émile Durkheim um fato social é coersitivo e exterior ao indivíduo. Assim é o padrão de beleza imposto pela atual sociedade brasileira, que cria esteriótipos baseado na mídia e estabelece características independente das peculiaridades étnicas do brasileiro. As redes sociais são responsáveis pela imposição de um estilo de vida difundido como saudável e tem foco nos corpos hipertrofiados de homens e mulheres que aparentemente residem em acadêmias e se alimentam de forma discrepante da maioria da população. Ao tentar seguir o ritmo de vida dos blogueiros e artistas através do Instragram e Twitter, por exemplo, cidadãos comuns se frustram por não alcançarem o mesmo êxito. Nesta busca, a falta de orientação de profissionais da saúde na realização das atividades físicas e alimentação balanceada há risco de distúrbios alimentares e lesões osteomusculares; como também a disseminação de informações sem embasamento cientifico que tornam-se corretas no meio virtual. Em consonância com a influência da mídia no cotidiano dos indivíduos, está a necessidade de se integrar ao padrão de beleza estabelecido. Para Aristóteles, o homem é um ser social, tal fato justifica a passividade dos indivíduos ao se submeter à dietas, cirurgias, e treinamentos físicos que não atendem sua capacidade econômica e física; porém é imposta pela organização social a qual ele se insere. Assim, o equilíbrio entre a perfeição corporal e o bem estar do individuo transcende a individualidade e torna um fato social. Portanto, a divulgação midiática deve propagar informações quanto à individualidade dos cidadãos brasileiros e sua utopia em estabelecer um padrão de beleza, ao se ressaltar a miscigenação étnico racial deste país.