Título da redação:

A lenda do corpo perfeito

Tema de redação: Padrão de beleza e sociedade.

Redação enviada em 01/07/2015

A supervalorização de uma forma corporal “exemplar” estimula um pensamento de insatisfação pessoal, suportado e difundido pelas grandes mídias, levando o espectador em questão a tornar-se cada vez mais inconformado consigo mesmo. Essas mídias aproveitam seu poder de alienação e manipulação para fazerem com que as pessoas pensem que devem seguir algum modelo, obtendo, assim, êxito na venda de suas palavras e produtos. Ultimamente, nota-se o uso de mulheres dotadas de um corpo exuberante como forma de entreter o público – homens, na maioria – em propagandas televisivas de bebidas alcoólicas e, indiretamente, impor que esse modelo de corpo, e só ele, é plausível. Isso se deve ao fato do sexo feminino ser visto como objeto a conceder prazer aos homens; resultado da disseminação dos ideais machistas entre gerações. E as mulheres, também influenciadas por esses ideais, acabam por achar que sua aparência deixa a desejar. Os jovens encontram-se ainda em uma fase de desenvolvimento, não apenas físico, mas, sobretudo, mental, dado que sua identidade ainda não está completamente formada. Por isso, tendem a ser influenciáveis, tornando-se alvo certeiro das mídias, que vão aproveitar para atribuir-lhes valores negativos sobre seu físico. Com isso, é válido dizer que o número de jovens com depressão pode aumentar por causa da não aceitação do seu reflexo no espelho. Acontece que os mais velhos também procuram seguir um padrão de beleza, uma vez que cosméticos, “drogas” e cirurgias — para corrigirem “imperfeições” (palavra poderosa) como rugas, por exemplo — pode proporcionar uma aparência mais jovem, resultando numa melhora substancial da autoestima. No entanto, por questões financeiras ou por falta de informação, indivíduos são conduzidos a usar produtos inadequados na esperança de uma mudança rápida e eficaz no seu visual, o que, na verdade, é uma grande ilusão. Padrões impostos pelo conjunto de meios de comunicação não servem para definir uma pessoa, uma vez que o conceito de beleza é essencialmente pessoal, é um estado de espírito. Impositores de padrões estéticos deveriam ser proibidos de difundi-los, pois estão praticando opressão, e esta traz consigo inúmeras consequências maléficas e nenhuma benéfica.