A antiga expressão latina “mens sana in corpo sano” defendia o bem estar físico e mental do indivíduo. Hoje, infelizmente, a sociedade retrata condutas não condizentes com esse ensinamento tão antigo. Os padrões estéticos atuais não só prejudicam o corpo, como afetam gravemente o psicológico daqueles que os seguem. É importante destacar que em uma ditadura da beleza, a sociedade sai prejudicada num todo. Os padronizados, aqueles que buscam pelo estereótipo desejado, estão cada vez mais a procura de cirurgias e dietas que os satisfaçam fisicamente. Métodos que geralmente oferecem riscos à saúde. Há, também, os não padronizados, que em alguns casos sofrem bullying devido ao corpo não ser enquadrado nos padrões estéticos determinados. Além disso, o psicológico se torna tão prejudicado quanto o físico. Os modelos de magreza e de força não respeitam biótipos, e essa busca pelo que praticamente é inatingível, se torna um fardo para quem os seguem. Alguns problemas podem comportamentais podem ocorrer, como frustrações, baixo auto estima, e em casos mais graves, até mesmo a depressão. Fica evidente, que o psicossomático do homem sofre devido aos padrões estéticos da sociedade. Desse modo, vale refletir sobre o papel da indústria da moda e da mídia no que diz respeito à formação de opiniões. A obsessão pela imagem está cada vez mais contrariando os limites do corpo, e esse deve ser um alerta para os órgãos de saúde tomar providencias que mudem esse cenário. Cabe, então, aos médicos oferecerem alternativas como encaminhar os pacientes a um psicólogo, para que, juntos, trabalhem fatores emocionais e físicos daqueles que visam numa cirurgia, solucionar seus problemas com o corpo. Além disso, a escola, fundamental na formação de opiniões, deve realizar seminários sobre o tema, com a ajuda de professores de educação e biologia. Juntos, ajudarão uma sociedade vítima de um sistema capitalista, na qual corpos se tornaram objetos de lucro.