Na obra “Ditadura da beleza”, o autor Augusto Cury expõe, o cotidiano das mulheres que são influenciadas pela mídia em atingir aos padrões de beleza ideias. Na atualidade, a magreza, o corpo sarado e as feições perfeitas são fenótipos atrativos para quem almeja o “belo”. Nesse contexto, a busca desenfreada para conseguir a aceitação social e o desejo de se transformarem iguais às modelos, as pessoas tornam-se consumistas graves e adquirirem hábitos nocivos como distúrbios psicológicos e alimentares, devido não só a negligência pessoal, mas também ao preconceito da humanidade. Outrossim, o Brasil atinge o segundo lugar no ranking dos países, o qual mais faz cirurgias plásticas de acordo com a pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), pois a insatisfação com o próprio corpo tem aumentado, principalmente no universo feminino. Logo verifica-se que a sociedade acaba sendo vítima de uma gama de produtos como por exemplo: cremes com fórmulas mágicas para emagrecer, comidas light, diet e pílulas milagrosas. Entretanto, a loucura pela beleza vai muito mais além das indústrias farmacêuticas, visto que, os serviços estéticos também são os favoritos entre as mulheres, as quais infelizmente, buscam por vezes, ambientes inóspitos por serem mais baratos e esse ato pode trazer sequelas irreparáveis, como à morte. Consoante Zygmunt Bauman afirma que “as vezes, as vidas humanas são transformadas em objetos de consumo”, essa analogia assemelha-se à obsessão por um corpo perfeito, o qual tornou-se um vício no Brasil. Nesse cenário, não há dúvidas de que doenças relacionadas com a não aceitação das próprias características físicas surgiram como a anorexia e a depressão. A primeira, caracterizada pela magreza extrema e o indivíduo ainda acredita está gordo e a segunda, evidenciada pela diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração. Assim, mudanças nos valores pessoais e da sociedade são fundamentais para transpor as barreiras relacionadas à ditadura da beleza. Por fim, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar projetos a serem desenvolvidos nas escolas e universidades, por meio de palestras lideradas por uma equipe multiprofissional composto por educador físico, nutricionistas, médicos e psicólogos alertando aos jovens sobre os riscos de adotar hábitos alimentares inapropriados e incentivar a prática de exercícios físicos regularmente. Desse modo, a realidade distanciar-se-à das palavras do Zygmunt Bauman e as vidas humanas não serão transformadas em peça de consumação.