A preocupação com a aparência faz parte da cultura moderna. Nesse contexto, o grande filosofo alemão Schiller afirmou que “todos julgam a aparência, ninguém segundo a essência”. Tal fato remete a ideia da superficialidade da sociedade de consumo que valoriza os padrões estéticos. Assim, em decorrência desse assunto percebe-se a necessidade de uma análise crítica acerca dos exageros relacionados à busca do corpo ideal. Há que se rever em primeiro momento, os eventos acontecidos no século XX, dentre eles o “American of life”, na qual cresceu uma sociedade consumista e consequentemente uma padronização de beleza. Com isso é notável na sociedade brasileira, em que os jovens são a parcela mais afetada da população, principalmente mulheres, que adquirem diferentes tipos de processos estéticos, como o exemplo de Andressa Urach cuja ficou internada com altas aplicações de hidrogel, e compra de medicamentos para auxiliar na busca do corpo perfeito. É crucial analisar as atitudes do homem contemporâneo em sua busca demasiada por um estereótipo. Há um crescimento no consumo exacerbado de cosméticos, estimulado pelo advento do sistema publicitário. Tal influência gera impactos negativos aos indivíduos, aumentando o número de casos relacionados à saúde, como anorexia, bullying e depressão. Dessa forma, confirma-se a posição elevada do Brasil no ranking dos países mais consumidores e que sofre com altas taxas de doenças psicológicas. É imprescindível, portanto, que haja união do corpo social no sentido de solucionar tais problemas. As escolas, por sua vez, devem ensinar a relatividade dos modelos estéticos por meio de palestras. As ONGs, promovendo debates e alertando os riscos causados por essa obsessão do corpo ideal. O apoio da família torna-se essencial, orientando o melhor e trazendo ao indivíduo o amor próprio. Afinal, como na perspectiva de Schiller, é necessário conhecer a essência para depois julgá-las.