A sociedade, hoje, se insere em um contexto no qual a população busca pelo enquadramento à padrões de beleza, ditados muitas vezes pela mídia e por uma indústria, cujo lucro está no consumo desenfreado de produtos que tornem alcançável o ideal de “perfeição”. Ironicamente, em um mundo que preza pela liberdade, o que se vê é a escravização dessas pessoas que buscam se encaixar na “moda”. Essa obsessão pela forma vem desde os “anos vibrantes” da década de 1920. É estabelecido o ideal de beleza, que se consolida nos anos de 1960 e 1970, com o advento do cinema. Artistas como Marilyn Monroe eram imitadas pelo público, desde os penteados até os vestidos, que esgotavam as vendas nas lojas. Atualmente, sob o nome de moda, o consumo desenfreado de cosméticos e a busca pela jovialidade em nome de um padrão, se torna praticamente um dogma da contemporaneidade capitalista. O Brasil tem participação de 10% no mercado mundial de cosméticos, com crescimento de 10% ao ano: só no ano de 2013, foram abertas mais de duas mil empresas do gênero no país. É uma verdadeira “febre de beleza”. Para solucionar este problema, é necessário recorrer aos mesmos meios que foram utilizados para criá-lo. A publicidade, fator notável neste caso, deve incentivar a originalidade, retirando o fator impositivo de suas criações. É necessário trabalhar com os veículos de informação, para que ocorra a “emancipação” do estilo da população. Assim, os padrões serão vistos apenas como possibilidades, frente à um leque de opções.