O conceito de corpo belo e perfeito é retratado nas artes ao longo do tempo, desde o classicismo até tempos atuais, indo de acordo com seu tempo. Entretanto, o “padrão de beleza” que a mídia e sociedade vem cultivando no século XXI, vem tornando-se cada vez mais intangível e até doloroso. Estaria certa a cantora mundialmente conhecida, Beyoncé em dizer em sua música Pretty Hurts, em dizer “a beleza machuca”? A indústria da moda e cosméticos, junto com a mídia e seus meios de comunicação, são os principais ditadores de padrões de beleza e ideais, considerados perfeitos que a massa alienada e consumista compra, devido a representatividade das mesmas, onde mostra que pessoas “dentro do padrão de beleza”, sempre tem êxito em tudo que fazem e são felizes, sem sofrerem qualquer tipo de preconceito ou dificuldade, e tem mais valor na sociedade, assim, gerando um grande descontentamento da imagem própria das massas. O processo para enquadrar-se no padrão de beleza, pode ser demorado, doloroso ou inatingível, por vivermos nessa sociedade que preza pelo padrão e imediatista, muitas pessoas procuram procedimentos estéticos perigosos, dietas mirabolantes, anabolizantes, diuréticos, laxantes, entre outros, que possam causar males a saúde. Essa busca compulsiva pelo corpo perfeito e ser “aceito”, resultam em violência física e psicológica, doenças serias, como anorexia, bulimia e distúrbios alimentares. Portanto, para resolver esse empecilho, a mídia e indústria da moda e cosméticos deve parar de cultivar padrões de beleza inatingíveis, e sim cultivar a diversidade e respeito entre as diferenças e respeito entre biótipos e belezas singulares existentes; o Ministério da Saúde e o MEC, devem informar e conscientizar a população da importância de conquistar a sua estatura ideal com profissionais especializados e capacitados, e a prevenção de doenças e transtornos alimentares, boa alimentação e saúde mental e física, através de estudos, cartilhas e palestras para alunos e famílias. De tal forma, conseguiremos quebrar o tabu de padrão de beleza, e compreender que a perfeição não deve ser atingida, e seguindo/interpretando a música Pretty huts, “a perfeição é a doença da nação” e “ a ‘nação’ precisa de uma cirurgia”.