Durante toda história, a humanidade contemplou a beleza física. Na antiguidade, surgiu diversas mitologias que cultivava estereótipos do ideal do que é ser belo. O deus da beleza, Adônis – por exemplo - é conhecido por ser um lindo jovem musculoso. Já Afrodite, representa a deusa da sexualidade por seus lindos traços físicos sensuais. Atualmente, a idolatria ao belo contínua presente no imaginário de quase todas as sociedades contemporâneas. Assim como na Grécia antiga, o mundo ainda busca incessantemente a beleza perfeita. Nessa perspectiva, surge a crise existencial pelo fato da perfeição ser algo inatingível. Diante disso, cabe analisar o que pode ser feito para que a sociedade passe a valorizar outros fatores mais importantes do que a estética, isto é, a saúde e a inteligência. É importante perceber, primeiramente, que a ditadura da beleza promovida pela indústria da moda atinge todos os integrantes da sociedade: homens e mulheres. O homem perfeito, segundo o padrão atual, é aquele que possui um corpo musculoso, com anatomia semelhante a escultura do guerreiro Davi, esculpida por Michelangelo. Nesse sentido, problemas como a vigorexia - distúrbio psicológico que promove a insatisfação constante com o corpo – faz com que homens utilizem anabolizantes e passem horas em academias de musculação para alcançar a perfeição corporal. Com isso, mesmo ao alcançar um porte físico quase que escultural, o indivíduo se ver frustrado por não possuir um corpo perfeito, levando-o a consumir mais esteroides e a ficar deprimidos. Além de causar obsessão muscular nos homens, o ideal de beleza da sociedade atual causa também distúrbios alimentares nas mulheres. Nessa perspectiva, mulheres de todas as idades declaram guerra contra a balança e ficam angustiadas por não possuírem um corpo igual a de atrizes e modelos famosas. Pois, o ideal de beleza propagado pelo mundo da moda é que as mulheres sejam magras para serem aceitas na sociedade. Essa lógica perversa, faz com que as mulheres busquem a bulimia – ingestão compulsiva de alimentos seguida de vômitos para perder peso - e dietas maléficas sem recomendações médicas, ocasionando a desnutrição e, muitas vezes, a morte. Ficar claro, portanto, que a buscar pela perfeição estética deve ser substituída por uma vida saudável e pela evolução intelectual humana. Para isso, a mídia deve promover a valorização dos cuidados que o indivíduo deve ter com a saúde. A escola pode ajudar orientando os jovens, por meio de palestras, sobre a importância de compreender que a felicidade não está na aparência física e sim na capacidade racional do ser humano. A sociedade deve pressionar a indústria da moda, por meio de passeatas e ativismo, para que seja substituído o padrão mítico de beleza por uma perspectiva mais humana, no qual seja possível as pessoas se enquadrar no padrão sem a necessidade de prejudicar a saúde. Apenas assim, com a união de todos da sociedade, o belo físico deixará de ser perfeito e indispensável.