O culto à magreza nem sempre foi o padrão de beleza. Por volta dos anos 40, por exemplo, Marilyn Monroe e Elisabeth Taylor eram consideradas ícones femininos com suas curvas acentuadas e seus cabelos encaracolados. No entanto, a busca desenfreada por se assemelhar à estereótipos pregados pela mídia está engendrando problemas nefastos na sociedade. Assim, é preciso, pois, uma análise mais abrangente das causa visando, por conseguinte, solucionar esse revés. Primeiramente, é válido ressaltar a grande contribuição da mídia para que o problema se acentue. Destarte, os meios de divulgação de informação em aliança com o vigente sistema capitalista, engendram na sociedade padrões de beleza preestabelecidos. À vista disso, homens e mulheres com corpos torneados estampam o ideal de perfeição. Todavia, na vida real, esse padrão é quase impossível de ser atingido, resultando em uma sociedade frustrada por nunca alcançar o que lhe é imposto. Desse modo, o sentimento que se desenvolve é que fora daqueles padrões o homem não é belo, desejado e "apto para o consumo". Outrossim, é essencial considerar o fato de que essas padronizações não respeitam biotipos. Dessarte, o corpo humano é multidimensional e esteticamente plural por si só. Assim, chega ser cruel eleger apenas um como legítimo e digno de representar o belo. Conquanto, vivemos em um mundo capitalista, em que desejos e interesses são produzidos em massa. Dessa forma, para se assemelhar a tal padrão muitos arriscam suas vidas com procedimentos cirúrgicos arriscados e dietas que comprometem a saúde. Fica claro, portanto, que é preciso agir de maneira consciente e diligente buscando medidas que solucionem esse problema. Dessa maneira, é papel da mídia, como grande formadora de opiniões, ajudar a difundir, por intermédio de novelas e propagandas, o fato de o corpo humano ser multidimensional e não necessitar de mudanças drásticas, visto que todos são dignos de representar o belo. Além disso, cabe à escola e as ONG's, em parceria, promover debates e reflexão aprofundada sobre o assunto. Quem sabe assim, a sociedade compreenda que a beleza está justamente no seu aspecto plural.