Organismos transgênicos são aqueles que sofrem alterações genéticas pela ação humana e atendem a fins específicos. Hodiernamente, essa engenharia genética é mais usada na indústria alimentícia com objetivos de aumentar a produtividade das colheitas agrícolas ou aumentar a conservação dos alimentos. No Brasil, esse tipo de produto encontra-se em qualquer mercado e em grande quantidade. No entanto, apesar de essa tecnologia ser benéfica de certos pontos de vistas, ela também suscita problemáticas quanto ao acesso de informações sobre essas mercadorias sobre a ética das empresas produtoras. Nesse viés, é importante citar a necessidade da rotulação de produtos transgênicos. Os consumidores possuem pleno direito de saber o que eles estão consumindo, isto é, de saber a composição química do que compram ou se esses produtos sofreram adulterações biológicas. Apesar disso, as produtoras dessas mercadorias, com receio de diminuir seu número de vendas, visto que os transgênicos são vistos negativamente de forma geral pela sociedade, não adotam o rótulo adequado nas embalagens. Essas empresas alegam possuir o direito de omissão dessa informação e que a obrigatoriedade da rotulação ameaçaria sua liberdade de expressão. Contudo, a ausência dessa prática fere os direitos dos consumidores, abstém informações, alienando a sociedade em seu consumo e colocando-a num potencial risco de saúde inconsciente. Outros fatores que adicionam à problemática são a escassez de pesquisas sobre os efeitos desses organismos para os humanos e o excesso do uso dessa engenharia genética. Então, é visto no mercado uma enorme oferta de produtos transgênicos,, ao passo que há um déficit de produtos realmente orgânicos, mesmo sem se conhecer as consequências a longo prazo do consumo desses alimentos modificados. Mais uma vez, a falta de informação é colocada em foco ligada à transgenia e à conduta da indústria agrícola. Essa produção acelerada é necessária devido ao aumento progressivo da população brasileira, todavia, ela deve ser acompanhada de um respaldo científico de pesquisas e da propagação de informações à sociedade consumidora. Logo, percebe-se que os produtores agrícolas detêm culpa em relação a esse impasse visto do aspecto informacional. Para a reversão dessa conjuntura, é dever do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento regular a produção agrícola do país, controlando o excesso de espécies transgênicas nas lavouras. Ainda é dever desse ministério incentivar nos meios acadêmicos brasileiros pesquisas sobre os efeitos dos transgênicos para os humanos, oferecendo bolsas de estudo ao estudantes que se dedicaram a esse tema. Ademais, o Estado deve fiscalizar as empresas de alimentos, exigindo o rótulo nas embalagens dos produtos. Por fim, é necessário que a sociedade, por meio das redes sociais, divulgue informações a respeito dos transgênicos e de seus direitos consumidores, objetivando um consumo mais consciente.