Por meio de desenvolvimentos na engenharia genética, por volta da década de 70, surgiram no mundo os chamados alimentos transgênicos. Eles são produzidos em laboratório a partir da introdução de genes de outras espécies, modificando suas características originais. Esse fato, juntamente com a falta de acesso as informações dos mesmos vem gerando questionamentos sobre sua produção em consumo, porém para entender melhor esses entraves alguns pontos precisam ser analisados. Primeiramente, é importante saber o posicionamento entre as duas linhas de pensamento. As empresas responsáveis pela produção desses organismos geneticamente modificados (OGM), afirmam que eles são mais produtivos e resistentes, reduzem a utilização de pesticidas e como tem mais eficiência para produção em larga escala, podem, dessa maneira, solucionar a problemática da fome no mundo. Porém, o segundo posicionamento a respeito do assunto se contrapõe afirmando que desde a teoria do pensador Malthus, sabe-se que o problema da fome mundial não é a falta de alimento, mas sim a má distribuição. Além disso, argumentam ser notória a falta de segurança ao ingerir os OGM tendo em vista que como são manipulados, podem alterar o metabolismo dos seres em longo prazo e causar disfunções irreversíveis. Por fim, apesar desses pontos questionáveis, os transgênicos são considerados por alguns estudiosos como a solução para problemas de saúde, como é o caso da cegueira noturna. Em algumas regiões das Filipinas, as pessoas estavam com carência de vitamina A (Pigmentação Betacaroteno) tornando-se cegas ao longo do tempo. Dessa forma cientistas criaram o arroz dourado inserindo essa vitamina e distribuíram para solucionar o problema. Diante do exposto, é evidente que existem aspectos positivos e negativos a respeito dos alimentos modificados em nosso país. Dessa forma, é necessários investimentos por parte dos governantes na área da biotecnologia a fim de promover estudos mais avançados sobre a utilização desses e seus possíveis riscos a saúde. Além disso, é preciso campanhas nas escolas e mídias sociais para a conscientização social daquilo que estamos ingerindo, como também aumentar a fiscalização dos órgãos públicos nas empresas e no comércio para garantir os direitos do consumidor diante dos produtos.