O Brasil sempre foi um país agrícola. Durante a Colônia, o país produziu e exportou açúcar para a coroa portuguesa. Já no século XVIII, a venda do café encheu os cofres das oligarquias do sudeste. Atualmente, o Brasil é reconhecido como um grande exportador de "commodities" (alimentos valorizados no mercado internacional). A pouco tempo, os alimentos transgênicos invadiram a mesa dos brasileiros, mesmo com poucas informações veiculadas na mídia e poucas pesquisas sobre os perigos decorrentes do consumo. Com isso,é importante refletir sobre os riscos que os transgênicos podem trazer à saúde humana. A transgenia ocorre da seguinte forma: genes específicos de uma espécie são introduzidos no DNA de outra espécie. Por exemplo, parte do DNA, que confere resistência a uma bactéria, é "recortado" e "colado" no DNA de uma planta. Assim, o vegetal híbrido será resistente a novas pragas. O problema é que grande parte da população não conhece esse processo e, portanto, fica vulnerável no ato da compra. Sem dúvida, o acesso à informação ainda é pouco, visto que tal técnica é recente. Por isso, os transgênicos ainda devem ser tratados com bastante cautela. A ilusão de ótica pode enganar os observadores mais atentos. De forma análoga, os alimentos transgênicos podem "mascarar" a realidade com suas cores vibrantes e aparência impecável. Ainda não há pesquisas científicas sobre os riscos do consumo a longo prazo. Infelizmente, grandes empresas agrícolas tentam esconder estudos sobre esses alimentos, temendo que esse ramo alimentício perca força no mercado. Portanto, é fundamental estar atento aos jogos de interesses dessas "plantações capitalistas". A situação dos transgênicos precisa ser esclarecida no Brasil. Para reverter esse quadro, é necessário que o Governo Federal invista em pesquisas científicas sobre os riscos que os transgênicos podem trazer à saúde humana a longo prazo. Após isso, é preciso que as empresas produtoras divulguem as informações em cada embalagem, sob pena de multa. Dessa forma, a sociedade ficará ciente dos malefícios e cada indivíduo poderá decidir melhor se é válido consumir ou não.