Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são fonte de polêmicas no Brasil e no mundo. Com o avanço da pesquisa auxiliada com as novas tecnologias, processos genéticos são feitos em plantas e animais em um cruzamento que não ocorreria espontaneamente na natureza. Esse assunto tem levantado discussões ente agrônomos, engenheiros genéticos e ambientalistas envolvendo toda a sociedade, como os efeitos desconhecidos no organismo humano, os prejuízos ao solo e aos pequenos agricultores. Medo. Rejeição. Desconhecimento. Esses são os principais fatores que afligem a população em relação aos transgênicos. Desde que começaram a ser produzidos, a falta de informação a respeito dos mesmos foi crescente e a sociedade se viu diante do desconhecido. Mesmo com benefícios, como a maximização das reservas nutritivas das sementes, institutos como o GreenPeace e Defesa do Consumidor relatam que os efeitos dos OGM ainda são obscuros no organismo humano e podem trazer riscos, como possíveis alergias, resistência a antibióticos, substâncias cancerígenas ou venenosas a longo prazo. Além disso, para o meio ambiente as consequências podem ser ainda mais sérias, como a perda da biodiversidade, já que os OGM não se reproduzirão com organismos não modificados devido à barreira biológica, e o empobrecimento do solo, pois muitos dos transgênicos já serão fabricados com as reservas e nutrientes necessários para seu desenvolvimento, ou podem inclusive, sugar mais nutrientes do solo do que este está apto a fornecer, levando ao desgaste das terras e consequente dificuldade para restaurá-lo, necessitando, assim, de mais recursos laboratoriais para ser transformado. Ademais, com a comercialização mais barata dos transgênicos, pequenos agricultores se viram diante de uma situação de competição desleal. Isso acontece porque a produção de alimentos orgânicos é mais cara do que a de OGM, já que precisam de mais cuidados para germinar sem a ajuda de agrotóxicos. Somando-se a isso, tem-se a alta perda de produção causada por pragas que assolam a plantação, o que faz com que os produtos tenham maior valor agregado. Dessa forma, pequenos produtores perdem mercado, principalmente interno, para multinacionais que investem em transgênicos e os comercializam mais facilmente devido à grande produção. Portanto, é necessário que o Governo invista em pesquisas e autorize as empresas a fazê-las, a fim de que os efeitos dos transgênicos no organismo humano sejam conhecidos e divulgados para todos os cidadãos para evitar possíveis doenças. É preciso que ONGs e Institutos Ambientais fiscalizem a utilização do solo para a plantação de OGM, com o objetivo de evitar o empobrecimento do mesmo e a escassez de nutrientes. É imprescindível que a mídia, juntamente com órgãos públicos, incentivem a sociedade a consumir alimentos orgânicos, auxiliando pequenos produtores a girar a economia interna e também na própria saúde, já que estes são produzidos sem agrotóxicos ou modificações gênicas.