Título da redação:

O futuro é problemático ou brilhante?

Tema de redação: Os transgênicos no Brasil e a problematização do acesso à informação

Redação enviada em 09/10/2015

A busca pelo aumento exponencial da produção de alimentos é recente, no entanto, já começam a causar problemas em larga escala. Os exemplos mais comuns de dificuldades causadas por essa procura são a crise de superprodução nos Estados Unidos – que foi uma das faces da intensa crise de 1929 – e o excessivo uso de agrotóxicos, que são altamente prejudiciais ao ambiente. Mais recentemente, observou-se a introdução de uma nova ciência, a Engenharia Genética, que busca aprimorar alimentos utilizando-se da mistura de genes, para assim conseguir obter plantas mais resistentes, que por sinal, também tem seus lados negativos. A fome sempre foi um dos grandes medos do homem, levando-o a investigar formas de produzir mais, mesmo que isso cause algum dano ao meio. Nesse contexto, temos a criação de plantas transgênicas, que embora sejam mais resistentes, acabam por criar um sério problema, a desestruturação da teia alimentar. O custo de produzir mais é a eliminação de diversas espécies que dependem dessas plantas para sobreviver, isso também implica em uma seleção natural, que gera seres vivos mais resistentes. Um dos principais problemas da produção agrícola é o intenso uso de inseticidas, que muitas vezes se fixam nos alimentos e chegam até o consumidor, causando diversos problemas, até mesmo o câncer. Esse problema tem se intensificado brutalmente com a inserção das plantas transgênicas, que justamente por terem mais resistência, acabam por selecionar pragas imunes aos inseticidas usados, criando uma demanda por venenos ainda mais fortes. Embora a Engenharia Genética crie plantas resistentes e que podem causar dificuldades no futuro, ela também cria alimentos que podem solucionar problemas, como por exemplo o arroz dourado, que solucionou, em parte, o problema da falta de vitamina A em países pobres. É visível que, embora os transgênicos possam aumentar a produção momentaneamente, estes podem causar danos irreversíveis à biodiversidade e à saúde pública. Portanto, cabe ao Estado a criação de órgãos que visem avaliar os impactos causados por cada planta modificada, estes devem ser preenchidos por biólogos e ativistas – como por exemplo, os do Greenpeace – com o objetivo de evitar catástrofes futuras. Além disso, também é viável que se incluam marcações visíveis em embalagens de alimentos transgênicos, para dar o poder de escolha ao consumidor, para que este avalie os impactos de sua compra e crie uma maior consciência do problema.