O advento de novas tecnologias como o uso dos transgênicos reflete o avanço do homem sobre a natureza. A utilização desses organismos ignora os limites do conhecimento humano, uma vez que as consequências de seu uso ainda são desconhecidas. O que se tem certeza é que essas podem ocorrer a curto e longo prazo como a perda da biodiversidade além da sua ligação com o aparecimento de novas doenças. Dentre os inúmeros motivos que levam a discussões sobre o uso de organismos geneticamente modificados na alimentação, está a sua influência direta na diminuição da biodiversidade. Através da introdução de genes específicos na base da cadeia alimentar faz-se surgir plantas cada vez mais resistentes a insetos em geral, ocasionando uma proliferação do gene mutante e a morte de vários animais que necessitam dessas para obtenção de alimento. Sendo assim, pode-se afirmar que a utilização dos transgênicos afirma a soberania do homem sobre o meio, mas também a sua fragilidade perante as suas próprias invenções. Outra preocupação constante é o aparecimento de novas doenças em animais que possuem dieta rica em transgênicos. Pesquisas realizadas recentemente mostraram que ratos alimentados por logos períodos com milho modificado desenvolveram rins menores e problemas no sangue, além disso, o aparecimento de alergias e intolerância a novos alimentos em algumas pessoas é fato quando se trata do consumo desses nutrimentos. Tudo isso mostra que o acesso a alimentos transgênicos devem ser mediados perante muita cautela e informação aos consumidores. Portanto, diante dos aspectos mencionados deve-se inferir que a maior problemática que norteia os transgênicos é a falta de conhecimento sobre as consequências de seu uso. Logo, é de extrema necessidade que o Estado em parceria com as universidades intensifique as pesquisas sobre os limites da transgenia englobando todas as decorrências. Ademais, até que os resultados consistentes relativos à segurança deste tipo de produto sejam fornecidos, deve ser considerado o princípio da precaução sendo responsabilidade do consumidor filtrar as informações a analisar todos os aspectos importantes antes do consumo.