A Revolução Científica Informacional, além de inovações tecnológicas e veiculares, apresentou um importante conceito à agricultura e à indústria alimentícia: a Engenharia Genética. No Brasil, organismos transgênicos já estão disponíveis em massivas quantidades para serem consumidos e, incrivelmente, sem indicações nítidas da origem do produto, o que se configura como um sério problema e é alvo de discussões. O consumo cada vez maior de transgênicos, ainda que sem essa consciência, é um risco à saúde da população, visto que há, consequentemente, um aumento na ingestão de substâncias nocivas e agrotóxicos. Por exemplo, ao comprar uma maçã um pouco maior e mais vermelha que as outras em um mercado, uma senhora não tem ideia de quanto isso pode ser prejudicial a sua integridade física. Ainda, a ausência ou o disfarce de uma indicação ou um símbolo que explicite que o alimento é geneticamente modificado fere o ideal de liberdade de escolha do consumidor. Visto, também, que a compra é um ato político (de apoio ao processo de produção e até à composição do produto), vê-se que está em discussão de forma direta a liberdade de expressão do consumidor. Assim, medidas como propagandas de conscientização da população e palestras públicas sobre o tema financiadas pelo governo, assim como a criação de leis tornando obrigatória a rotulação nítida de transgênicos e a intensa fiscalização industrial e agronômica são viáveis para que essa tecnologia seja optativa e , portanto, passível de escolha por parte do consumidor ante a suas vantagens e seus malefícios.