A gigante empresa de biotecnologia norte-americana Monsanto, revolucionou o mundo na década de 80 com a criação dos transgênicos. Eles, nada mais são, que organismos geneticamente modificados (OGMs), os quais foram desenvolvidos em laboratório para apresentarem maior resistência a ervas daninhas e herbicidas. A polêmica com os OGMs no Brasil começaram ainda nos anos 90, e, em função disso, só começaram a ser utilizados em 2003. Os impasses, todavia, perduram até hoje. Os transgênicos vieram para o Brasil em 1998. Contudo, devido à impasses judiciais de organizações contra seu uso, só passou a ser utilizado nos latifúndios brasileiros a partir de 2003. Hoje, cerca de 95% da soja e 80% do milho produzidos no Brasil são OGMs e somos os segundos maiores plantadores de transgênicos do mundo. O argumento utilizado para implantar tais sementes no país era de com isso reduzir o uso de agrotóxicos. Paradoxalmente, somos os maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. As polêmicas envolvendo as sementes transgênicas ganharam destaque este ano com a aprovação, pela câmara, da lei que retira das embalagens de alimentos o símbolo que classifica o produto como transgênico ou derivado dele. Muitas pessoas e organizações são contra a retirada da indicação, defendendo o direito do consumidor de poder escolher consumir ou não produtos que ofereçam riscos a sua saúde. Todavia, não há nenhum tipo de comprovação sobre os malefícios dos produtos transgênicos à saúde humana. Alguns estudos foram feitos, mas, no entanto, não houve conclusões significativas sobre o assunto. Concomitante a isso estão os interesses financeiros: dependendo das conclusões destas pesquisas, a criadora dos transgênicos, a empresa Monsanto, e os grandes latifundiários adeptos aos OGMs poderiam sair prejudicados financeiramente, com queda na aquisição de seus produtos. Em se tratando de alimentos e sementes transgênicos, a população mundial e brasileira ainda está sem informações conclusivas e certeiras sobre os seus malefícios. As pesquisas feitas na área se mostraram inconclusivas e barreiras capitalistas impedem financiamento privado para novos estudos. Uma alternativa seria o financiamento público para desenvolver pesquisas na área e livrar a população sobre as incógnitas dos transgênicos.