No limiar do século XXI, a sociedade contemporânea brasileira ainda não tem a plena cognoscibilidade quanto à evolução dos transgênicos e seus benefícios. Seguindo essa perspectiva, pesar dos avanços e conquistas técnicas, o Brasil necessita aculturar-se mais à essa prática no meio laboratorial e social. Nesse sentido, os desafios e as incertezas persistem. De acordo com a premissa filosófica de Aristóteles, o homem é um ser social, logo capaz de modificar e influenciar o locus em que vive. Nesse contexto, a transgenia foi desenvolvida para uma relação sustentável entre ambiente, economia e sociedade. Isso se justifica, respectivamente, por ser uma técnica que faz a agricultura depender menos de agrotóxico, ou seja, redução de química nos alimentos e preservação dos solos e da água; esse manuseio permite adequar a semente para se desenvolver em diversas condições climáticas, logo, aumento da produção; e, assim, uma solução para acabar com a realidade da fome. Com isso, os transgênicos surgem como um fator ao desenvolvimento. Em contrapartida, apesar do gigante potencial agrário da nação auriverde, o Brasil apresenta-se como ineficiente no custeio e influência nas pesquisas desse avanço. Empresas e descobertas brasileiras são patenteadas por estrangeiros devido à falta de investimento nativo. Se o país não exterioriza e não aprimora sua técnica, não menos exato é esperar o insano discurso de ódio contra os transgênicos pela população, por falta de conhecimento, alegando que estes não são saudáveis. Desse modo, tais fatos configuram-se como um calcanhar de Aquiles na ampliação dessa biotecnologia. Por tudo isso, solucionar o acesso à informação e importar-se com o novo é imprescindível no Brasil. Para isso, são condições “sine qua non” que o Estado apoie e subsidie a melhoria da transgenia, por exemplo, pela fiscalização nos laboratórios e no campo para a garantia de qualidade e de bons níveis nutricionais nos produtos destinados à alimentação; além disso, a mídia, com seu poder massificador, é capaz de introduzir uma programação educacional, que instrua a população de como é feito os transgênicos e dos benéficos que eles surtem. Dessa maneira, o desenvolvimento será permitido.