Com a chegada do século XXI e o advento da globalização, a capacidade humana para desenvolver novas tecnologias e aprimorar a ciência parece ter alcançado seu ápice. Todavia, esse desenvolvimento não é visto positivamente por vários segmentos da sociedade. Isso fica claro quando analisa-se a questão dos transgênicos, que por serem ainda pouca conhecidos, trazem desconfiança quanto à segurança de seu uso. Primeiramente, é importante destacar a questão da saúde. Hoje, é impossível saber quais são os efeitos da utilização regular de transgênicos em seres humanos. Porém, estudo feitos em ratos e outros animais pela universidade de Caen indicam que esses sofrem, quando alimentados com organismos modificados, até três vezes mais câncer. Isso não é difícil de entender, visto que o ser humano é programado para rejeitar agentes estranhos que tentem perturbar seu equilíbrio como no caso dos alimentos alterados. Além disso, há a questão do Marketing. Uma votação recente no congresso nacional deu o direito às empresas para que ao invés de carregar a frase " organismo geneticamente modificado", apenas um "T" fosse utilizado para identificar tais produtos. Essa pura jogada de marketing nada mais é do que um desrespeito para com a população, que tem o direito de saber explicitamente a procedência daquilo que consome. Por fim, destaca-se o lucro. Com o objetivo único de ganhar dinheiro, produtores rurais e industriais ligados à microbiologia se utilizam cada vez mais de meios para diminuir o tempo de produção e maximizar os lucros. Assim, os transgênicos ganham espaço e a saúde do consumidor acaba esquecida. Desse modo, nota-se que há hoje um sério problema no Brasil em relação aos organismos geneticamente modificados ( OGM's) e o acesso do consumidor à informação. Para reverter isso, é importante que nas embalagens dos produtos feitos à base de transgênicos venha escrito : ''feito à base de OGM's''. Assim, o consumidor de fato terá consciência e poderá optar por aquilo que está comprando.