Título da redação:

Democratização da Informação

Tema de redação: Os transgênicos no Brasil e a problematização do acesso à informação

Redação enviada em 12/10/2015

Segundo a Teoria Malthusiana, a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, enquanto a população cresce numa progressão geométrica. Porém o teórico não previu o desenvolvimento científico e o tecnológico, os quais proporcionaram significativo crescimento na produção de alimentos. Nessa perspectiva, no Brasil - por ser um país tradicionalmente agroexportador - atuam algumas das principais empresas multinacionais do setor da biotecnologia, que são responsáveis por desenvolverem alimentos transgênicos, os quais tanto podem ser benéficos, quanto maléficos para a sociedade. A priori, a utilização de OMG (Organismos Geneticamente Modificados) é positiva para o bom desenvolvimento da economia brasileira. Como prova disso, o país é o maior produtor e exportador de soja transgênica do mundo, consequência do uso de alta tecnologia aliada à pesquisa científica voltados para a produção de alimentos. A posteriori, não se sabe ao certo quais reflexos negativos aos seres humanos são decorrentes do consumo de transgênicos. Isso porque, essas culturas de plantas modificadas geneticamente são tratadas com diversos insumos agrícolas, tais como pesticidas e herbicidas, o que pode ser extremamente tóxico aos seres humanos a longo prazo. Ademais, há limitação de informações sobre os produtos que são expostos nas prateleiras dos supermercados, o que causa dano ao direito de escolha dos consumidores. Assim, não são raras as vezes em que as pessoas deparam-se com rótulos ilegíveis de produtos alimentícios , além de não possuírem qualquer identificação quanto a origem desses produtos, ou seja, se são ou não transgênicos. Fica claro, portanto, que o Brasil precisa avançar tanto nas pesquisas relacionadas aos OMGs, quanto na democratização das informações sobre o assunto. Para isso, é de suma importância que haja maiores investimentos em pesquisas sobre transgênicos nas Universidades, financiadas pela iniciativa privada, como forma de diminuir os impactos negativos à sociedade. Por fim, cabe ao Estado estabelecer normas quantos ao tamanho mínimo de letras em rótulos de produtos alimentícios, bem como multar as empresas que descumpram a regra.