Os transgênicos,hodiernamente, vêm transformando-se em uma alternativa ao combate da fome, mas, devido ao pouco conhecimento, a longo prazo podem-se tornar vilões da saúde. O brasil, um dos principais produtores de transgênicos, aprovou uma lei que permite omitir o selo de identificação de alimentos geneticamente modificados, podendo ocasionar problemas à saúde e privando os consumidores do direito à liberdade de escollha. Desde o momento em que o homem deixou de ser nômade a agricultura e a pecuária determinaram a sua sobrevivência, sofrendo modificações ao longo do tempo, para adequar-se as condições externas e aumentar a produtividade. Os transgênicos, alimentos biologicamente modificados, surgiram como alternativa ao aumento da produção de alimentos a um baixo custo para sanar a demanda da crescente população global. O problema do demasiado uso é que pesquisas apontam que o glifosfato, presente em cerca de 80% dos transgênicos, pode conter substâncias cancerígenas, além da criação de superpragas dizimando outras variedades de alimentos não resistentes a elas. A aprovação da retirada do selo de produtos que contém alimentos geneticamente modificados pela Câmara dos Deputados choca-se com o direito da livre escolha. Conhecer o que está sendo consumido é de suma importância aos consumidores, pois, além da compra, afeta diretamente na saúde, podendo levar inclusive a óbito. Como o Brasil é, fundamentalmente, um país agroexportador, acaba atuando de maneira mais utilitarista do ponto de vista econômico, afim de gerar produtos de maior durabilidade e de produção intensiva nas lavouras, como é o caso da soja, colocando de lado a qualidade e o conhecimento da população local sobre os produtos empregados em grande parte do processo. Fica nítido, portanto, que a sociedade deve ter o direito de escolha diante do conhecimento dos produtos adquiridos. A escola, atuante como grande formadora de pessoas e ideias, deve, através da interdisciplinalidade, alertar e informar os alunos que devido a um amplo conhecimento tenham liberdade de escolher o que consomem com maior prioridade. A mídia deve incluir debates e documentários de caráter informativo para que a população tenha acesso, com mais facilidade, aos prós e contras, incentivando a pesquisa e a livre informação.