Título da redação:

Cobaias humanas

Tema de redação: Os transgênicos no Brasil e a problematização do acesso à informação

Redação enviada em 11/10/2015

Na década de 1970, ocorreu a Revolução Técnico-Científica, que se estendeu à pesquisa biotecnológica que, por sua vez, desenvolveu os polêmicos organismos geneticamente modificados, os transgênicos. Relativo a essa técnica, pode-se citar tanto aspectos positivos quanto negativos. Se por um lado, a diversidade de alimentos aumentou; por outro, o acesso restrito à informação coloca em xeque os riscos que o consumidor pode sofrer. Eis a missão de eliminar tal paradoxo. Primeiramente, é importante destacar os benefícios que os alimentos transgênicos proporcionam. Com a manipulação de variados genes, é possível criar produtos conforme o desejado. Assim, bactérias podem produzir insulina, assim como plantas conseguem aumentar sua resistência à pragas. No Brasil, país que só perde para os Estados Unidos na produção de transgênicos, a soja conta com tal técnica. Desse modo, não é à toa que estamos no topo de exportadores de soja, visto que a produção agrícola aumenta consideravelmente com o emprego desse tipo de tecnologia. Contudo, a manipulação de genes de organismos bastante diferentes, como a de animais com plantas, aumenta o risco de o material genético da pessoa sofrer mutações e ela acabar desenvolvendo reações alérgicas e/ou câncer. Nesse sentido, o acesso à informação se torna imprescindível, até porque é direito do cidadão saber o que consome. Como o tema está em pauta recentemente, boa parte da população brasileira desconhece-o. Além disso, é difícil a mídia expor notícias sobre isso, sobretudo os efeitos negativos que eles causam, visto que a minoria manipuladora da sociedade, como os latifundiários e empresários que fazem uso de tal tática, é quem diz o que deve ou não ser divulgado. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para solucionar esse impasse. Para tanto, é necessário que o Ministério da Saúde realize propagandas e palestras que exponham informações necessárias sobre o uso desses produtos, a fim de deixar a sociedade mais informada. A escola, por sua vez, deve explorar mais esse assunto em sala de aula, promovendo debates que sejam ministrados, em especial, por profissionais da área biotecnológica, a fim de formar alunos conscientes, que possam também contribuir, levando a informação até à família. Assim, são menos cobaias humanas e mais indivíduos dispostos a disseminar a ética em conjunto com o progresso científico.