Um organismo transgênico é aquele que contém um gene – fragmento de DNA – de outro organismo, a fim de aperfeiçoar sua produção, tornando-o resistente a agrotóxicos ou ataques de pragas. Devido ao grande espaço no cenário agroindustrial e com o intuito de melhorar o aproveitamento deste setor, há 11 anos o Brasil efetivou a liberação de produção e comercialização de produtos transgênicos. Tal iniciativa levantou questões éticas e biológicas a respeito dessa nova tecnologia, a qual deve ser transparente à população, do campo à mesa. Indubitavelmente, a transcrição de organismos mais resistentes traz ganhos à economia, pois reduz o uso de agrotóxicos, e diminui expressivamente a perda da agricultura. Por conseguinte, mais produtos chegam às prateleiras, com o acréscimo de uma pequena figura amarela triangular no canto inferior da embalagem, informando sua origem. Adentrando às novas possibilidades e inseridos em uma nova ótica de consumo, eles ganham cada vez mais espaço no comércio alimentício e crescem de maneira exponencial, dando, inclusive, a oportunidade à queda de preço do comércio interno, devido a menor escassez. Questões bioéticas são levantadas por pesquisas que, ora apontam riscos no consumo de alimentos transgênicos, ora dizem que estes não apresentam nenhum mal à saúde. Apesar de a Organização Mundial da Saúde ter declarado não haver risco no consumo de organismos geneticamente modificados quando aprovados para comércio, cresce a desinformação e desconhecimento de tal fato, devidos a não abordagem necessária do assunto publicamente. Logo, ressalvas e questionamentos acerca dele são feitos constantemente levando à descrença da população em relação aos transgênicos. Em primeiro lugar, o Estado deve, por meio de propagandas na mídia televisiva, outdoors e internet, dialogar sobre o que realmente são organismos transgênicos, disseminando a informação e extinguindo a dúvida. Em segundo, aptos à escolha, a população deve ter, em mãos e catálogos, embalagens visualmente diferenciadas, que serão implantadas e fiscalizadas pelo governo, para que ela assim possa, conscientemente, escolher o que consumirá. Por último, fazendo-se valer do alicerce comercial, as empresas privadas de produção e comércio de transgênicos, devem criar feiras de exposição para levar o conhecimento prático à comunidade, trazendo para si consumidores mais informados