O cultivo de alimentos transgênicos é uma tendência em diversos países do mundo. Itens à base de grãos, geneticamente modificados, como a soja e o milho, têm presença garantida nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Nas embalagens de óleo de cozinha, ou de cerveja, a informação é mínima. Como o consumidor pode ter uma compreensão real do tipo de produto que está levando pra casa? Uma recente campanha no Facebook buscou alertar os consumidores brasileiros, em relação ao uso de milho transgênico pela maior parte das cervejarias nacionais. Fato este amplamente desconhecido, até mesmo pelos amantes mais fiéis da bebida. Esta omissão dos fabricantes de cerveja é reveladora, quanto aos interesses da indústria, em manter o cidadão afastado da decisão de comprar, ou não, um alimento transgênico. Será que um consumidor mais consciente e bem informado optaria por adquirir um item daquele tipo? Ambientalistas e organizações, como o Greenpeace, denunciam que a manipulação genética de grãos provoca danos à biodiversidade da Terra. E também revelam que, a indústria tem investido na produção de sementes resistentes a agrotóxicos. Substâncias estas que causam graves riscos à saúde humana. O Estado precisa criar regras claras e rígidas para os rótulos de produtos transgênicos, informando ao consumidor os prejuízos, aos quais ele se expõe, quando os adquire. O cidadão também pode fazer a sua parte, pressionando as empresas a divulgarem informações, por meio de campanhas, como a que foi veiculada no Facebook, e também acionando a Defesa do Consumidor, quando se sentir lesado.