A engenharia genética que hoje produz os organismos transgênicos foi importante em muitos aspectos nas descobertas cientificas deste meio. Contudo, os transgênicos, especialmente os alimentos, são um risco que a população não deveria ser obrigada a correr. Logo, além da informação essencial que deve estar nos rótulos, é necessário que a sociedade tenha acesso às implicações do uso destes organismos para fazer uma escolha consciente. Os efeitos dos organismos geneticamente modificados são conhecidos em sua produção, no entanto, os efeitos no organismo humano a longo prazo foram pouco estudados. Sendo uma das alterações imediatas notadas, o surgimento de alergias em crianças pelo consumo destes alimentos, além das inúmeras consequências possíveis, desde alterações ambientais e em outros organismos até o surgimento de doenças genéticas pelo consumo. Logo, é necessária cautela na produção, distribuição e consumo de tais alimentos, sendo a informação um fator principal em benefício da população. O uso de transgênicos em produções vegetais e animais mostra-se sendo apenas uma forma de lucro aos grandes produtores. Pois a principal função destes organismos, que seria disponibilizar mais alimentos, foi desmentida, já que, como é visto atualmente, o uso da genética não aumentou a oferta de alimentos ou sequer os barateou. Logo, os transgênicos mostram-se frutos de um sistema de produção imediatista que visa apenas o lucro, sendo o ato de mascarar os rótulos de seus produtos uma demonstração da publicidade abusiva e a necessidade da venda em detrimento do poder de escolha da população. A omissão de informações sobre os transgênicos é, portanto, um benefício ao produtor e um descaso ao consumidor. Logo, é necessário que seja obrigatória a rotulagem de produtos modificados e que a população seja orientada sobre os mesmos pela mídia, pelas escolas e universidades. Pois é um direito do produtor utilizar recursos para aumentar e melhorar sua produção, porém, é um direito maior o do consumidor, que deve ter acesso a informações sobre o que consome e ter o poder de escolha.