“Finja já que agora eu era seu brinquedo, eu era seu peão, o seu bicho preferido. No trecho da música de Chico Buarque percebe-se uma submissão provocada por um desejo de relacionamento, atualmente essa frase dialoga perfeitamente com relacionamentos abusivos no brasil. Neste contexto, é evidente que os costumes educacionais, aliado ao emocional do indivíduo são fatores que impulsionam esse quadro violento. A princípio, nota-se que o histórico de aceitação de abusos no brasil é arcaico e que se manifesta em todos as gerações. Isso ocorre pois os brasileiros se acomodaram a essa forma de tratamento, exemplo de disso, encontra-se na educação da nação definida pelo educador Paulo Freire com “ A Pedagogia do Oprimido”, na qual professor fala e aluno faz. Assim ocorre em várias áreas da vida dos cidadãos, a exemplo o machismo que atrapalha a mulher em inúmeras atividades tais como, emprego e liberdade, um direito constitucional. Dessa forma, tornou-se natural abusar de qualquer relacionamento. Além disso, o psicológico do indivíduo, que nem a ciência consegue explicar por completo, propicia a continuidade dos abusos. Isso é decorrente da forma como o agressor age, há uma violência que antecede a física, definida pelo sociólogo Pierre Bourdieu como violência simbólica, mecanismo que desestrutura o emocional do indivíduo. Também tem-se a ocultação da agressão impulsionada por ameaças, suborno e pela síndrome do Estocolmo, na qual a vítima gosta do agressor. Assim sendo, a dificuldade em punir os criminosos, a exemplo sucedido em Abadiânia-GO, que depois muitos anos de abuso e com uma soma de mais de 300 mulheres abusada sexualmente o médium João de deus só foi preso em 2018. Portanto, é notória a problemática dos impulsionadores do abuso em relacionamentos. Sendo assim, para resolver tal infortúnio é necessário que o ministério da educação tome medidas preventivas a tais costumes, aplicando métodos educativos que ensine o respeito ao próximo e os limites de um relacionamento, usando as próprias redes de ensino. Ademais a rede de telecomunicação deve publicar os corridos como de Abadiânia para demonstrar apoio às vítimas e garantir mais segurança a denúncia, além de incentivar a vítima a denunciar. Dessa maneira os relacionamentos serão como deveriam ser, de respeito.