Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê a todos os indivíduos condições dignas de segurança e bem estar social. Entretanto, os relacionamentos abusivos impossibilita que uma parcela da população desfrute desses direitos. Diante dessa perspectiva, cabe destacar os fatores que fomentam este quadro tanto no âmbito social, quanto no âmbito educacional. Cabe destacar, primeiramente, o machismo presente na sociedade brasileira como fator perpetuante da adversidade. Segundo o Instituto Avon, em pesquisa feita em conjunto ao Data Popular, mais de cinquenta milhões de brasileiros admitem conhecer alguém próximo que já foi violento com sua companheira, entretanto, menos de um quinto desse numero admite ter sido o autor desse tipo de agressão. Nesse sentido, a pesquisa revela não só a impunidade para com a violência doméstica em relacionamentos abusivos, mas também o quão conivente o brasileiro com esse tipo de caso, mesmo quando presente em seu ciclo social. Além disso, vale frisar a falta de debate sobre a problemática nas escolas brasileiras. Segundo Rubém Alves, escritor e psicanalista brasileiro: "As escolas podem dar asas, mas também podem ser a gaiola". Essa reflexão traça um paralelo a situação supracitada, uma vez que, o debate dentro das escolas, educa o indivíduo desde sua infância sobre o perigo da violência na sociedade, entretanto, essa não é a realidade apresentada nas escolas brasileiras, visto que o assunto é um tabu social. Nesse sentido, a falta de diálogo sobre o tema abre precedentes para que situações semelhantes vivenciadas por esses jovens, tanto no presente, quanto no futuro, sejam consideradas normais. Sendo assim, fica claro que os relacionamentos abusivos são um mal a sociedade e precisam ser combatidos. Portanto, cabe ao Ministério dos Direitos Humanos, em conjunto ao Ministério da Educação, a implementação do "Violência Não Faz Sentido", um programa á ser implementado em todo Brasil em praças, locais públicos e nas escolas através de panfletos informativos e palestras ministradas por especialistas com o objetivo de conscientizar a população sobre o quão desnecessário e irracional um relacionamento abusivo pode ser.