Em Atenas, cidade-estado da Grécia Antiga, as mulheres eram tratadas como inferiores e deviam obedecer aos homens, assim o desrespeito, necessidade de controle, poder e domínio eram características predominantes nos relacionamentos daquela época, os quais se tornavam abusivos. Entretanto, no contexto vigente, é visto que esses aspectos, ainda, se mostram presentes no Brasil, posto que é resultado do enraizamento de uma cultura machista e, também, dos ciúmes excessivos confundidos com cuidado exagerado. Convém ressaltar, a princípio, que, desde a Idade Média, a mulher é vista como submissa ao homem. Entretanto, mesmo com as conquistas femininas, ainda há resquícios desse pensamento na sociedade brasileira, o qual taxa o sexo feminino como frágil e deixa “brechas” para o abuso de poder de alguns homens perante suas companheiras. Exemplo disso é a pesquisa realizada pelo Institudo Avon, em parceria com o Data Popular, na qual mostrou que 3 em cada 5 pessoas do sexo feminino são vítimas desse relacionamento controlador. Dessa forma, vê-se que maneiras de combater isso devem ser repensadas. Por outro lado, nota-se que, em muitos casos, ocorrem ciúmes excessivos que, para algumas mulheres, se trata de cuidado desmedido. Contudo, são a partir dessas demonstrações exageradas de carinho que as relações podem se tornar abusivas. Nesse viés, o companheiro pode começar a controlar amizades, assim como mexer nas redes sociais, algo que de início não é percebido pela vítima até que ela acaba sofrendo violência física. Logo, como diz Nadine Gasman, dirigente da ONU, em entrevista ao programa “Mariana Godoy entrevista” do canal Rede TV, é importante para as mulheres saberem que o amor não é sofrimento nem controle, assim, elas devem tomar cuidado para não ficarem cegas e surdas quando se trata de amor. Em suma, para contornar essa situação, é preciso que o Ministério da Educação acrescente na grade curricular das escolas, por intermédio de uma Lei, aulas que visem a mostrar aos alunos que deve haver respeito entre os companheiros em um relacionamento, a fim de torná-los cientes do que é uma relação saudável. Além disso, o quarto poder, em parceria com as ONGs, deve intensificar a exibição de campanhas, por meio de panfletos e propagandas, que mostrem as más consequências geradas quando há abusos em uma convivência entre casais, com o objetivo de erradicá-las da realidade. Só assim, respeito substituirá desrespeito e o poder, controle e domínio em uma relação deixarão de existir.