Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 18/10/2018

Em consonância com a obra, O Grito, do pintor norueguês, Edvard Munch, percebe-se perfeitamente a angustia humana ao ponderar cores simbólicas na arte. Nesse sentido o empecilho do hodierno cenário brasileiro - refletido nos relacionamentos abusivos - representa uma semelhança com a pintura expressionista e, esse impasse social, é impulsionado, ora por fenômenos socioculturais, ora pelo silêncio social. Sob uma perspectiva histórica, primordialmente, preconceitos, como machismo, incorporados ao longo da formação da sociedade brasileira ainda interferem como abusos em relacionamentos. Haja vista que desde a colonização até meados do período republicano não existia nenhuma lei de proteção de gênero. Dessa forma a violência contra a mulher não veio só da sociedade, mas também do Estado, pois apenas em 1933 a mulher conquistou o direito de votar e foi reconhecida como cidadã. Esse reconhecimento tardio fez com que pensamentos machistas como “lugar de mulher é na cozinha” perpetuem na sociedade colaborando com a desigualdade de gênero. Por outro lado, dificilmente ocorre uma denúncia pelo grupo social do abuso nos relacionamentos. De acordo com Albert Einstein, o mundo é perigoso por causa daqueles que veem o mal e deixam ser feito, e isso evidencia a problematização do ditado popular “briga de marido e mulher ninguém coloca a colher”. Nesse viés tendo em vista a pesquisa “Violência Contra a Mulher, o Jovem está Ligado?”, pelo Instituto Avon e Data Popular, mostra que um em cada quatro brasileiros tem algum conhecido que já violentou a parceira. Isso faz com que a comunidade omitida se torna cumplice da violência colaborando para a reincidência. Logo, fica evidente que a inatividade e o abismo na construção da sociedade brasileira são fatores que impulsionam os abusos nos relacionamentos. Portanto, urge que a mídia mostre a evolução e o reconhecimento da cidadania da mulher por meio de minisséries e propagandas a fim de expor a importância da mulher. Além disso, cabe ao Estado como defensor de uma sociedade livre, justa e solidaria conforme estabelece o terceiro artigo da “constituição cidadã” expandir as delegacias civis para se especializarem também ao combate a abusos nas relações e com o intuito de estimular a sociedade a se importar com o bem-estar do próximo através da denúncia. Dessa forma, será possível diminuir a angustia humana representada pelo quadro “O grito” na sociedade contemporânea.