Na música “Perto de você” da cantora Marília Mendonça, em alguns trechos da melodia, “E eu já me acostumei... Mas não consigo ir embora... É melhor aguentar seus gritos do que me afastar e nunca mais voltar”, ela aborda um relacionamento o qual a mulher por costume e medo prefere passar por essa situação abusiva. Hodiernamente, essa música aborda a realidade bastante comum dos relacionamentos atuais, os quais as vítimas, independente de ser mulher ou homem, por causa da possessividade humana e distúrbios mentais acabam aturando um relacionamento não saudável e prejudicando a si mesmo. Infelizmente, estatísticas de diversos sites da ferramenta Google apontam que a probabilidade maior de ocorrência em relacionamentos abusivos é com mulheres com a faixa etária entre 16 a 24 anos. Essa grande porcentagem em mulheres como vítimas, ainda é consequência do machismo herdado há séculos, em que a mulher era propriedade e posse do homem, com a mania de que o ser humano desenvolveu em querer ter posse de tudo e de todos como se fossem objetos. Apesar desses problemas, ainda há mais um grande impasse, em razão de que a mídia e o mercado romantizam e embelezam esses abusos em formas de filmes, séries, novelas e livros, podendo destacar “50 tons de cinza”, na passagem em que o Christian Grey não confiava na sua parceira e a seguiu até em uma viajem com a família para saber cada passo dado por ela, um comportamento claramente abusivo e possessivo devido a sua insegurança, que não foi condenado pela mídia. Outrossim, a insegurança com si próprio, tanto da vítima quando do abusador, é a principal manifestação de um distúrbio mental, causando a falta de controle de suas ações, como o ciúme, o medo, a submissão e entre outras atitudes. Normalmente, o abusador utiliza da insegurança do seu parceiro em lhe perder como refém, sempre diminuindo a autoestima da vítima para enaltecer sua superioridade e mantendo-a sempre como posse. Infelizmente, frases clichês como “ Ninguém vai te querer; Você não vai achar ninguém melhor que eu; Ninguém te ama como eu; Você deveria me agradecer por te aguentar” são diariamente argumentos utilizados como ataques a essas vítimas que possuem a autossuficiência afetada, além dos casos de agressão física. Desse modo, percebe-se que a partir do momento em que há essas manifestações é evidente que não há mais relacionamento, pois a base de um relacionamento saudável é a confiança entre ambos. Em suma, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. O Google com ajuda do Ministério da Saúde deve disponibilizar um site para essas vítimas, que consista em ajudá-la a sair dessa situação e pedir auxílio a psicólogos, pois são os profissionais responsáveis em entender a mente humana e controlá-la contra distúrbios mentais, uma vez que medidas como essas tem grande poder transformativo na sociedade moderna. Os abusadores também podem pedir ajuda psicológica a esses profissionais, porque muitas vezes, graças ao distúrbio não percebem o mal que estão fazendo. E é fundamental que as pessoas que perceberem esse tipo de relacionamento denunciem em caso de agressões e ameaças, pois é crime e ajudem as vítimas levando-as a terapeutas e psicólogos. Dessa maneira, impedirá a autossabotagem, e aumentará o número de pessoas com autoestima e autossuficiência controlável.