O feminismo é um movimento social cujo intuito é a busca pela igualdade de tratamento entre os gêneros. Em vista disso, nota-se que as mulheres são menosprezadas até nos relacionamentos conjugais. Dessa forma, tal cenário é consequência de um passado machista e da falsa ideia de posse sobre outra pessoa. Mormente, a história brasileira ajuda a entender os atuais relacionamentos abusivos. Nesse sentido, as mulheres só conquistaram o direito ao voto em 1934. Ademais, elas só conseguiram igualdade perante a lei com a constituição de 1988. Logo, a figura feminina foi muito atenuada ao longo da história, fato que criou uma cultura machista e, por isso, os homens pensam ter maior influência em um relacionamento. Outrossim, o controle sobre a parceira é uma forma de posse a fim de limitar suas ações. Por esse lado, consoante Sartre, autor do livro “O ser e o nada”, o ser humano está condenado à liberdade, além de não querer essa característica de maneira tão acentuada, uma vez que uma infinidade de opções acarreta, de certa forma, uma angústia. Dessa maneira, o homem observa a liberdade da parceira e atenua tal característica por causa do medo dela fazer algo que o desagrade, criando uma relação de dominação. Evidencia-se, portanto, que os relacionamentos abusivos estão atrelados à fatores históricos e de dominação. Para solucionar tal impasse, é necessário que o Governo Federal, juntamente com o poder legislativo, crie uma lei com o objetivo de ilegalizar relacionamentos abusivos e prever sentenças penais aos transgressores. Além disso, também é importante que os mesmos agentes, em parceira com a mídia, veicule essa nova lei em canais de circulação de informação a fim das mulheres se sentirem acolhidas e defendidas. Logo, é possível atenuar o problema.