Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os relacionamentos abusivos em questão no Brasil e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 06/10/2018

O aumento na veiculação do número de casos de feminicídio e de violência contra a mulher pela mídia brasileira expôs uma realidade que acompanha a história do país desde o período colonial, que é a falta de respeito com a mulher. Diante disso, é urgente entender o motivo de muitos relacionamentos resultarem em crimes cometidos pelo homem contra a própria companheira. É indiscutível que, atualmente, a jovem brasileira possui muito mais direitos do que a própria avó, no entanto, culturalmente, ainda está distante de uma igualdade de gênero, pois, segundo o historiador Boris Fausto, a sociedade patriarcal do engenho e a demora em aceitar a mulher como cidadã ainda produz efeitos na atual sociedade. Por isso, são reproduzidas ideias como as de que o machismo não existe mais, de que o homem deve ser obedecido em um relacionamento e de que ele tem legitimidade para agredir a companheira a fim de corrigi-la. Outro ponto importante é a dificuldade da mulher em situação de risco em buscar ajuda ou denunciar. Conforme artigo da revista Exame, cerca de 85% dos crimes de feminicídio são cometidos por algum parente, principalmente por companheiro ou ex-companheiro. Nesse contexto, ela não se sente segura em expor a situação por medo de represálias, devido à proximidade com o criminoso, ou por depender financeiramente do criminoso. Além de toda a situação desfavorável à mulher já citada, há o agravante da insuficiente fiscalização do cumprimento de medidas protetivas, já que, consoante a BBC Brasil, há falhas na aplicação da lei nesses casos, pois há poucas delegacias da mulher por município em um país que é o quinto colocado do mundo em número de feminicídios. Nesse sentido, poucos são os casos em que mulheres agredidas obtêm proteção policial e judicial. Diante de fatos e números alarmantes, é urgente que o problema seja resolvido, portanto, é necessário que as escolas tratem com mais ênfase a questão da igualdade de gênero, por meio de matérias como história, filosofia e sociologia, para que ideias machistas não tenham espaço na nova geração. Em relação à proteção, o poder público deve implementar uma rede de delegacias especializadas para que a mulher agredida tenha amparo da lei.