Em 1857, operárias foram fechadas em uma fábrica e queimadas pois estavam fazendo greve com a reivindicativa de igualdade política, esse fato materializou a problemática sobre a maneira a qual as mulheres eram vistas pela sociedade patriarcal. Como reflexo disso, os relacionamentos abusivos no Brasil e seus fatores impulsionadores possuem raízes históricas e ideológicas, por isso, eliminar as diferenças hierárquicas e diferença de condição, mudará as futuras relações entre os gêneros. Dessa forma, o ocorrido com as operárias não é um acontecimento isolado e muito menos extinto, essa segregação histórica se repete em sociedades islâmicas, as quais inferiorizam a figura feminina e a consideram como objeto, consonante com o Brasil, mais velado porém não extinto. Países ocidentais ainda enxergam as mulheres exclusivamente para a satisfação sexual e cuidar do lar, isso tudo, resquício de um ensinamento passado por gerações de que o homem é o provedor , tornando inato essa hierarquia e diferença. Nesse viés, a ideologia machista perpetua-se e contribui para o abuso das relações, piadas e brincadeiras em tom de brincadeira são exemplos desse estigma, já arraigado nos mais jovens. Dessa maneira, o tratamento destinto entre homens e mulheres em diferentes setores como, esporte, mercado de trabalho, política, entre outras, solidificam o machismo, a partir da desigualdade de exposição no esporte, salários inferiores desempenhando a mesma função e hegemonia masculina nas esferas legislativa, judiciária e executiva do Brasil. Nesse ínterim,devido ao abuso nos relacionamentos, o objetivo é tornar comum as conquistas femininas e conquistar sua visualização por sua competência e não apelo estético. Para isso, o estigma histórico e ideológico precisa ser desconstruído a partir da educação, com o Governo Federal fiscalizando as relações do trabalho e punindo quem mantém a prática segregacionista, com isso, a percepção de igualdade será assimilada pela população e, assim, extinguindo a ideologia machista devido ao seu desuso.