Os relacionamentos abusivos podem ser compreendidos como uma relação hipossuficiente entre indivíduos, acarretando prejuízo físico, psicológico e social a uma das partes. Nesse sentido, a compreensão acerca das dificuldades da vítima em caracterizar o abuso e a ausência de mecanismos institucionais de amparo são fatores que dificultam a lida com o problema. De acordo com o sociólogo Max Weber, as relações sociais são concessões e atuações de poder. No entanto, em uma relação abusiva a perda de voz e autonomia impede que a pessoa lesada consiga reconhecer as situações de abuso, bem como romper com o ciclo de agressões. De tal forma que, embora a problemática esteja em destaque na realidade brasileira, ainda não há políticas públicas eficazes na elaboração de canais de comunicação amplos, que abordem a questão de forma esclarecedora, auxiliando na identificação dos casos de opressão. Ademais, há a necessidade de que a vítima receba cuidados piscólogicos e sociais após os episódios de abuso, contribuindo para o estabelecimento de uma rotina normal e prevenção de danos emocionais e físicos. Sob essa perspectiva, a participação de familiares e amigos, além de profissionais especializados é crucial para que os episódios de abuso não sejam reincidentes. A discussão sobre a temática na sociedade brasileira, portanto, é de suma importância e urgência, dado os danos individuais e coletivos. Dessa forma, faz-se imprenscindível a criação de estratégias de diálogo com as vítimas, disponibilzando meios onde o assunto seja evidenciado e na qual sintam-se acolhidas. Com fito de ampliar o debate, a colaboração entre o poder público e as mídias é uma saída, principalmente por intermédio dos influenciadores digitais, que possuem um canal direto de ccomunicação com as pessoas. Somado a isso, a criação de centro de atendimento via telefone e internet, em que as vítimas possam expressar suas dúvidas e vivências, recebendo orientações e suporte,